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Com medo da cadeia, dono da Precisa muda depoimento na CPI

Dono da Precisa na CPI da Covid – Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O dono da Precisa Medicamentos ficou com medo da cadeia e mudou o depoimento na CPI da Covid. Nesta quinta (19), Francisco Maximiano modificou sua fala depois que foi ameaçado de ser preso. O executivo foi confrontado com documentos que mostraram que ele estava mentindo.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) pediu que a cúpula da comissão colocasse em votação um pedido de prisão de Maximiano. Ele foi acusado pelo parlamentar de falso testemunho.

Com medo, o empresário voltou atrás e deu uma nova versão em seu depoimento. O pedido acabou não sendo votado.

Segundo Alessandro, o dono da empresa mentiu sobre a ligação dele com um apartamento usado por Marcos Tolentino, também investigado. Tolentino é amigo do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP). Por sinal, Marcos acompanhou Barros no depoimento à CPI da Covid, em 12 de agosto.

No começo, Maximiano falou que o apartamento tinha sido alugado por Danilo Trento, diretor da Precisa. Seu papel na história era apenas de fiador do imóvel. Só que os senadores mostraram documentos que indicavam que ele era locatário.

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Dono da Precisa muda versão

Após o pedido de prisão, a defesa de Maximiano tentou intervir. Na sequência, informou que o cliente iria se retratar. “Eu formalmente me retrato e peço desculpas. Realmente consto como locatário no contrato deste imóvel. Não me recordava, pois não vivi lá nesse imóvel. Foi uma confusão. Minhas desculpas”, declarou o empresário.

O senador questionou se o empresário queria esclarecer sobre a relação com o FIB Bank. Ela foi a empresa que aparece como fiadora de constratos da Precisa com o Ministério da Saúde. Porém, Maximiano não quis se manifestar e optou em ficar em silêncio.