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VÍDEO: No Senado, prefeitos relatam pedidos de propina de pastores do MEC

Trecho do vídeo em que um prefeito relata pedido de propina. No momento da imagem ele está dizendo que um dos pastores pediu 15 mil reais para "protocolar suas demandas".
Prefeitos relatam no Senado os pedidos de propina dos pastores do MEC. Imagem: Reprodução

Prefeitos de vários cidades foram ouvidos pela Comissão de Educação do Senado Federal nesta terça-feira (05) sobre os pedidos de propina que receberam dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Os líderes religiosos cobravam remunerações para, aproveitando-se do bom trânsito no Ministério da Educação e no Palácio do Planalto, favorecer municípios no repasse de verbas da pasta. Assista abaixo ao vídeo com alguns relatos.

“O pastor Arilton Moura convidou todos os prefeitos para um almoço em um restaurante e disse que seria por conta dele. Foi quando o pastor Arilton virou para mim e quis saber minhas demandas; apresentei para ele e ele me disse: ‘Você vai me arrumar os R$ 15 mil para eu protocolar as suas demandas e, depois que o recurso já estiver empenhado, você, como sua região é de mineração, vai me trazer 1 kg de ouro'”, relatou Gilberto Braga, prefeito de Luís Domingues-MA. Outros mandatários municipais contaram casos semelhantes.

A divulgação do escândalo custou a permanência do ex-ministro Milton Ribeiro no cargo. Tudo começou quando se tornou público um áudio em que ele próprio admite que favorece municípios cujos prefeitos são “amigos” dos pastores. Na gravação, Ribeiro diz que o favorecimento acontecia com o aval do presidente Jair Bolsonaro (PL). Assista abaixo ao vídeo com alguns relatos dos prefeitos.

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Ex-ministro diz à PF que atendeu pastor a pedido de Bolsonaro

O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, confirmou, em depoimento à Polícia Federal, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou que ele recebesse os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura no MEC.

Ele já havia revelado isso no áudio em que admitiu favorecer municípios cujos prefeitos são “amigos” dos líderes religiosos. Gilmar e Arilton pediam propina para mandatários municipais prometendo ajuda-los com as demandas da cidade junto ao MEC.

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