Presidente afastado da CBF é condenado a doar 1 tonelada de ração por chamar mulher de “cadela”

Da coluna de Diego Garcia
O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, fez uma doação de uma tonelada de ração à Suipa (Sociedade União Internacional Protetora dos Animais).
A iniciativa veio após acordo do dirigente com o Ministério Público do Rio de Janeiro, que abriu investigação contra o cartola.
Caboclo havia sido acusado de chamar uma funcionária de “cadela” e tentar forçá-la a comer um biscoito de cachorro, segundo denúncia feita por uma mulher que trabalhou na CBF ao lado do dirigente.
A doação fez parte do acordo, assinado na última sexta-feira (3).
Caboclo também enviou medicamentos à Suipa e doou ração e remédios à Secretaria Municipal de Proteção dos Animais.
O acordo não significa que ele admitiu culpa e, sim, que acatou os pedidos do MP em troca de o processo ser arquivado.
Leia mais:
1 – Após ação da Anvisa, Argentina deixa estádio e está a caminho do aeroporto
2 – Randolfe diz que CPI pedirá à CBF que indique com quais autoridades fez “acordo” para burlar Anvisa
3 – Economista e ex-ministro João Sayad morre aos 75 anos
Caboclo foi afastado da CBF após acusação de assédio sexual
A decisão sobre o afastamento dele da CBF ocorreu após denúncias de assédio sexual e moral feitas por uma funcionária da entidade e reveladas pelo site GloboEsporte.com.
O vice mais velho, Antônio Carlos Nunes, assumiu o cargo interinamente.
Pressionado por patrocinadores e outros dirigentes da confederação, Caboclo terá que se defender das acusações e se afasta numa das maiores crises da história da Seleção: Tite e jogadores não querem a realização da Copa América no Brasil e estão organizando um boicoite ao torneio. ]
Caboclo havia prometido colocar Renato Gaúcho no lugar do atual treinador.
Vigésimo presidente da CBF, Rogério Langanke Caboclo assumiu o cargo em 2019.
Filho de Carlos Caboclo, ex-dirigente do São Paulo, ele foi diretor time paulista.
Foi também diretor de relações institucionais do Comitê Olímpico Local da Rio 2016.
Na denúncia, a funcionária detalha o dia em que o dirigente, após vários comportamentos abusivos, perguntou se ela se “masturbava”.
Entre outros episódios, Caboclo tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro, chamando-a de “cadela”.