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Grampos ligam presidente da Alesp a médico condenado a 200 anos de prisão

Carlão Pignatari
Foto tirada em março de 2020 mostra deputado Carlão Pignatari (PSDB) em discurso na Alesp — Foto: José Antonio Teixeira/Alesp/Divulgação

Por meio de interceptações telefônicas, a Polícia Civil registrou uma conversa entre o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado Carlão Pignatari (PSDB), e o médico Cleudson Garcia Montali. Em agosto de 2021, o médico foi condenado a 200 anos de prisão por liderar uma organização criminosa envolvida no desvio de R$ 500 milhões da Saúde em SP.

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O que revelam as conversas

As conversas mostram, segundo o Estado de S. Paulo, Pignatari negociando a entrega da administração de dois hospitais para organizações sociais do grupo de Montali. Na época, o médico já era investigado pela polícia e pelo Ministério Público Estadual.

Cluedson foi alvo da Operação Raio X, contra fraudes na gestão de hospitais de 27 cidades em quatro estados: São Paulo, Pará, Paraíba e Paraná.

Outro lado

A assessoria de Pignatari divulgou uma nota negando as acusações. “As supostas conversas questionadas pela reportagem são datadas de 2019, antes de qualquer denúncia ou suspeita pública contra o médico Cleudson Garcia Montali”, diz o comunicado.

A nota diz ainda que ele “não é investigado na Operação Raio Xe que em nenhum momento foi alvo de diligências determinadas pela Justiça”.

“O inquérito principal da operação inclusive já foi encerrado, resultando em mais de 160 novos inquéritos, sendo que o parlamentar não é investigado em nenhum deles. Não possui, portanto, qualquer relação com o caso”, completa a assessoria.

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