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A pedido de promotora investigada por posts nazistas, Justiça arquiva processo da “cura gay”

Victor Hugo Diogo Barboza (à dir.), com o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo – Foto: Reprodução

A 5ª Vara Criminal de Brasilia acatou o parecer da promotora bolsonarista Marya Olímpia Ribeiro Pacheco e mandou arquivar o inquérito policial contra Victor Hugo Diogo Barboza, acusado de usar suas redes sociais para promover a cura gay.

Victor foi acusado de homofobia após publicar posts como este no Instagram: “Homossexualidade inconsciente. Você Sabia que muitos casos de violência contra a mulher estão ligados à homossexualidade inconsciente junto com o uso de álcool e drogas?” Ou este outro: “Sair do Armário Talvez não seja a melhor solução. Terapia Afirmativa Gay VS Terapia de Reorientação Sexual”. Victor já foi coordenador na Fundação Palmares

O que pede a bolsonarista

Marya Olímpia requereu o arquivamento do processo, em andamento, por “ausência de justa causa”. Alegou que os posts denunciados não foram encontrados e, portanto, não puderam ser juntados aos autos; e que o investigado limitou-se a exercer o seu direito à liberdade de expressão.

“Veja que, apesar de supostamente ter publicado seus textos na internet, em nenhum momento das passagens acima transcritas o investigado teria discriminado ou tratado com preconceito os homossexuais, apontado qualidades negativas, proferido xingamentos ou imputado fatos desabonadores aos homossexuais”, justifica a bolsonarista.

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Posts nazistas

Marya é investigada por publicar conteúdo nazista e preconceituoso nas redes sociais. Nesta quinta (23), o Conselho Nacional do Ministério Público e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios informaram que abriram procedimentos para apurar a conduta da promotora.