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Queiroga volta a menosprezar vacina para crianças e é massacrado nas redes

Jair Bolsonaro e Marcelo Queiroga
O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Sérgio Lima/Poder360

Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (23), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a diminuir a importância da vacinação para crianças. Ele afirmou que não vê emergência em imunizar crianças de 5 a 11 anos, justificando que esta é a faixa etária em que “se identifica menos óbitos em decorrência da Covid-19”.

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“Os óbitos de crianças estão dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais. Isso favorece que o ministério possa tomar uma decisão baseada na evidência científica de qualidade, na questão da segurança, na questão da eficácia. Afinal de contas, nós queremos levar para os pais e para as mães uma palavra de conforto e de esperança”, declarou o ministro.

Desde o início da pandemia até o dia 6 de dezembro, 301 crianças morreram em decorrência da doença no Brasil. O número significa 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias.

“A faixa etária de 5 a 11 anos é onde se identifica menos óbitos em decorrência da Covid-19. Cada vida é importante. Nós lamentamos por todas as vidas. Agora, o Ministério da Saúde tem que tomar as suas decisões com base nas evidências científicas”, acrescentou Queiroga.

Na quarta-feira (22), a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 trouxe alguns dados preocupantes. 2.978 diagnósticos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid ocorreram em crianças de 5 a 11 anos, com 156 mortes, em 2020. Em 2021, já foram registrados 3.185 casos nessa faixa etária, com 145 mortes.

Queiroga quer divulgar nomes de técnicos da Anvisa e elogia Bolsonaro: “Grande líder”

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, defendeu, nesta segunda-feira (20), que os técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que aprovaram a vacinação para crianças tenham seus nomes divulgados.

“O serviço público é caracterizado pela publicidade dos seus atos. Todos os técnicos que se manifestam em processos administrativos […] tem que ser publicados os atos”, disse o ministro.

Ele aproveitou, também, para elogiar seu chefe. “O presidente Bolsonaro é um grande líder, tem nos apoiado fortemente aqui no Ministério da Saúde”, disse.

A afirmação de Queiroga sobre a divulgação dos nomes dos técnicos da Anvisa é uma referência à ameaça que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez, na quinta-feira (16), após a agência liberar a imunização contra Covid para crianças de 5 a 11 anos.

“Não há problema em se ter publicidade dos atos da administração, isso é até um requisito da constituição”, completou Marcelo Queiroga.

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