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Queiroga vive pior momento no cargo e tenta se manter acenando ao bolsonarismo

Veja o Marcelo Queiroga
Ministro Marcelo Queiroga. Foto: Wikimedia Commons

Nos seis meses à frente do Ministério da Saúde, ciclo que completou isolado em Nova York para cumprir quarentena da Covid-19, o médico Marcelo Queiroga vive seu pior momento no governo Bolsonaro.

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O que Queiroga anda fazendo?

Veja o Marcelo Queiroga
Ministro Marcelo Queiroga. Foto: Wikimedia Commons

Ministro promove uma série de agrados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para se agarrar ao cargo, ainda que contrarie técnicos da própria pasta e desgaste a relação com os gestores do SUS (Sistema Único de Saúde).

Os acenos ao bolsonarismo ofuscam avanços na campanha de vacinação e a queda das internações na pandemia.

Escolhido para assumir a Saúde no auge da crise sanitária e substituir o general Eduardo Pazuello, o ministro foi apresentado como técnico. Ele abriu a gestão defendendo máscara e vacina, mas passou a concentrar esforços nas pautas sensíveis ao bolsonarismo.

Para agradar ao presidente, o médico autorizou estudos sobre desobrigar o uso das máscaras, afastou da Saúde nomes vetados por apoiadores do governo e usou argumentos frágeis ao tentar impedir a vacinação de adolescentes sem comorbidade.

Ele também fez gestos obscenos e mostrou o dedo do meio na segunda (20), nos Estados Unidos, a manifestantes que protestavam contra Bolsonaro.

Com informações da reportagem da Folha de S.Paulo.

Lava Jato e seu anteprojeto ilegal

Reportagem exclusiva de Pedro Zambarda no DCM:

Os procuradores da Lava Jato apresentaram, a partir de 20 de março de 2015, segundo ano e auge da operação, as ’10 medidas contra a corrupção’. O projeto coletou mais de um milhão de assinaturas em uma campanha nacional e divulgou os integrantes do Ministério Público que atropelaram a Constituição.

Um diálogo no Telegram de 24 de abril daquele ano mostra que procuradores já queriam atropelar as bases da democracia brasileira. Deltan Dallagnol, de Curitiba, Helio Telho, de Goiás, e Vladimir Aras, de Brasília (primo de Augusto Aras) falam de um anteprojeto controverso para ser inserido nas ’10 medidas’.

Às 12h42, Telho anexa um arquivo e escreve o seguinte:

“Criei esse grupo para facilitar a discussão sobre a redação da proposta do anteprojeto de lei sobre provas ilícitas. Fiz uns ajustes no texto. Vou postar aqui para vocês avaliarem a viabilidade de prosseguirmos”.

Deltan Dallagnol responde às 18h08:

“Grande Helio, segue com algumas sugestões”. O procurador da Força-Tarefa manda outro anexo.

E sugere:

“Gostaria de estar (sic) [com] essa questão na pauta. Desmembrá-la é perfeito. Se o ônus de encaminhar junto com as 10 medidas for grande, pode ser encaminhado em paralelo”.

Leia mais aqui.