Caso rachadinha: a empresa de Ana Cristina Valle, mostra relatório da Coaf que integra a investigação sobre rachadinha no gabinete de Carlos Bolsonaro, registrou 1.185 saques, entre 2008 e 2014, totalizando R$ 1.15 milhão em espécie.

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) diz, segundo o Globo, que as “movimentações financeiras atípicas” de Ana Cristina são indícios de que empresas vinculadas a ela “possam ter sido utilizadas para ocultação de desvio de recursos públicos oriundos do esquema de ‘rachadinha’ na Câmara de Vereadores”.

LEIA também: Almirante dos EUA se reúne com chefe das Forças Armadas do Brasil

Ana Cristina Valle comandava a rachadinha

O maior volume de saques em espécie registrados pela empresa de Ana Cristina ocorreu em 2008, no seu primeiro ano de funcionamento, quando R$ 274 mil deixaram a conta em 215 saques.

Segundo o Globo, no ano seguinte, foram 168 saques totalizando R$ 194,2 mil.

Até 2011, haveria mais 350 saques, em um total de cerca de R$ 352 mil retirados da conta da empresa em dinheiro vivo, de acordo com relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Ana Cristina Valle, ex-mulher do então deputado federal Jair Bolsonaro, é suspeita de administrar a ‘rachadinha’ nos gabinetes de Carluxo, na Câmara, e de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Leia mais:

1. Diplomata da delegação de Bolsonaro em Nova York testa positivo para Covid-19

2. Tabata Amaral deveria ir para o PSDB, tem muito mais identidade ideológica. Por Luis F. Miguel

Justiça quebrou sigilo da ex-mulher de Bolsonaro

Ana Cristina teve seu sigilo bancário quebrado pela justiça a partir de maio de 2005.

Ela esteve casada com Bolsonaro entre 1997 e 2008, portanto, a quebra de sigilo abrange parte do período em que se estiveram juntos.

Ela é investigada pelo esquema das “rachadinhas” no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho 02 do presidente. Ana Cristina foi assessora do então enteado.

Ana Cristina e Bolsonaro são pais de Jair Renan, que tem 22 anos.

O divórcio dos dois foi litigioso, com acusação de furto de patrimônio não declarado do casal.