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Brizola Neto diz que Edir Macedo pode ter comprado a Record com “dinheiro do narcotráfico”

O bispo Edir Macedo, dono da Record
O bispo Edir Macedo. Foto: Reprodução/Instagram

Leonel Brizola Neto pede investigação de “como Edir Macedo comprou a TV Record”. Segundo o ex-vereador, “não foi com dinheiro dos fiéis. Tem suspeita de dinheiro do narcotráfico entre outros recursos espúrios”.

A fala de Brizola Neto se refere a uma denúncia de ex-aliado de Macedo. Segundo um ex-coordenador da Igreja Universal do Reino de Deus, Carlos Magno de Miranda, o bispo usou dinheiro do narcotráfico colombiano para fundar a emissora. A denúncia foi feita na década de 1990 e Macedo também é acusado a contrabandear equipamentos para montar suas rádios.

As acusações vieram em entrevista à Agência Folha.

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Ex-aliado diz que Record recebeu US$ 1 milhão do narcotráfico

Segundo Miranda, ele participou das negociações à época. “Eu sustento, eu participei. Quando viajamos à Colômbia, afirmava-se que era um reconhecimento prévio para a igreja entrar no país. Fomos em quatro ou cinco casais. Só depois ficamos sabendo que a viagem era para trazer dólares”.

Ele diz ter sido o único a ter recusado os valores e diz que um traficante foragido ofereceu o valor a Macedo. O fugitivo teria matado um coronel na Colômbia e estava no Brasil. A oferta teria sido com a condição de que o montante fosse buscado no país vizinho. O caso, diz o ex-aliado, era para lavagem de dinheiro.

Miranda diz ter sido convidado para ser “chefe da Igreja Universal no Brasil”.

O assunto ressurgiu nas redes após a emissora divulgar fala de uma jornalista espanhola acusando Lula e PT de ligação com o tráfico. Segundo Cristina Seguí, sem apresentar provas, “o narcotráfico patrocinou partidos de esquerdas na Europa e na América Latina”, incluindo o PT. A emissora não deu espaço de resposta para o ex-presidente ou algum representante do partido.