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Reinaldo Azevedo: “A CCJ tem de fazer motim contra Bia Kicis, que incentiva motim de PMs na BA”

Bia Kicis usa morte de policial para incentivar motim. Foto: Reprodução

Em sua coluna no UOL, Reinaldo Azevedo sugeriu que os membros da Comissão de Constituição de Justiça da Câmara (CCJ) façam um motim contra Bia Kicis, que usa a morte de um policial para incentivar manifestações da categoria.

Ele chama a medida de “dever cívico” dos deputados da comissão:

“Todos os deputados de bem que integram a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara têm um dever cívico: tornar inviável o comando da deputada Bia Kicis (PSL-DF) à frente da mais importante comissão da Casa. Sua irresponsabilidade não conhece limites. Sua truculência ignora qualquer noção de risco. Seu ódio à ordem democrático ultrapassa o limite do tolerável. Mas não só: Augusto Aras tem de encaminhar ao ministro Alexandre de Moraes — relator no Supremo tanto do inquérito que apura as fake news contra o tribunal como do que trata dos atos antidemocráticos — um pedido para que um tuíte da parlamentar integre os autos”.

O colunista cita o incentivo ao motim que a deputada bolsonarista faz com a morte de Wesley Soares Góes e desmente que ele tenha sido morto por “proteger trabalhadores”.

“A ação foi testemunhada pela imprensa e por dezenas de pessoas que estavam no local. O ato tresloucado de Wesley está mais do que documentado. Os fascistoides, no entanto, estão por aí, à solta, em todo canto”.

Reinaldo afirma que o policial, a presidente da CCJ e o soldado Prisco, que incentiva o motim, sejam investigados:

“O caso precisa ser investigado a fundo, com quebra de sigilo telefônico e telemático — e, a depender do caso, bancário. Mais: que páginas visitava na Internet? Ainda que pudesse estar com alguma perturbação pessoal para se jogar na aventura suicida, urge que se apure se havia a mão de alguém apertando intelectualmente aquele gatilho. Há vagabundos dando ‘cursos de formação política’ para PMs na Internet. Ou melhor: curso de subversão da ordem democrática”.

“Não é admissível — e as pessoas com juízo na Câmara e na Assembleia Legislativa da Bahia não podem aceitar — que uma deputada federal e um deputado estadual se aproveitem de uma tragédia, que poderia ter sido muito maior, para incentivar o caos e a desobediência de uma força armada”, completa.