Reinaldo Azevedo: Pesquisa mostra risco de suicídio coletivo no Partido da Imprensa Morista
O jornalista Reinaldo Azevedo, crítico da Lava Jato, falou sobre os apoiadores de Sergio Moro em novo texto no UOL. E disse que esses apoiadores, que não gostam do Estado Democrático de Direito, estão fritos.
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Reinaldo Azevedo fala sobre o Partido da Imprensa Morista
Começa Reinaldo:
“Vieram a público números da pesquisa Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) sobre a eleição presidencial do ano que vem. O instituto é formado por profissionais que pertenciam ao Ibope Inteligência e é comandado por Márcia Cavallari, uma das profissionais mais respeitadas na área. Há também avaliação sobre o governo Bolsonaro e o desempenho pessoal do mandatário. Nem o presidente nem Sergio Moro, sua nêmesis, têm o que comemorar. Muito pelo contrário. Podem se estreitar num abraço insano e chorar as mágoas. Por ora ao menos. Falarei neste texto sobre a pesquisa eleitoral. A avaliação sobre o governo e o presidente fica para outro
Perco a hora, o celular, o isqueiro…. Mas não o bom humor. Faço aqui um alerta de risco de suicídio coletivo no PIM, o Partido da Imprensa Morista. É aquela gente que tentou nos convencer, depois de se convencer com base na pura crença, de que Sergio Moro já havia se consolidado como o candidato da terceira via. Ele próprio estufou o peito de pombo e saiu por aí a lançar seu livrinho com panegíricos em homenagem a si mesmo, como a dizer: ‘Sigam-me os que forem patriotas'”.
Ele desenvolve:
“Sim, ainda falta muito tempo para a eleição. Muita coisa pode mudar. Fato: hoje, Lula venceria a disputa no primeiro turno, segundo o levantamento do IPEC. Sozinho, nos dois casos, supera a soma de pontos dos adversários. Não se fez simulação de segundo turno.
É claro que sempre pode acontecer o imprevisto, o surpreendente, o disruptivo. Em 2018, o Supremo negou um habeas corpus a Lula, e Sergio Moro, o agora candidato dos 6%, mandou prendê-lo em seguida. O petista estava impedido de concorrer, mas é certo que poderia ter feito diferença se estivesse ativo na campanha de Fernando Haddad. Aí veio a facada. E temos Bolsonaro presidente, com todos os sortilégios conhecidos”.
E conclui:
“Os números da economia conspiram em favor da eleição de Lula. É claro que os candidatos da extrema direita — Moro (se for mesmo) e Bolsonaro — tentarão associar o PT ao petrolão, ao mensalão etc. A questão é saber se há algo a dizer nessa área que ainda não tenha sido dito e que se sobreponha ao desemprego, à queda de renda, à inflação, ao baixo crescimento… E aos efeitos que isso tudo tem na vida dos pobres”.
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