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Retomada na pandemia perde fôlego e economia sob Bolsonaro deve ter crescimento medíocre

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. Foto: Agência Brasil

Entre 2011 a 2020, o Brasil cresceu na casa dos 2% e havia a expectativa de que poderia iniciar um ciclo mais auspicioso com a mudança de governo e reformas.

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Jair Messias Bolsonaro (sem partido) decepcionou como governo. Os analistas reviram para cima as projeções de crescimento deste ano, prevendo alta 5% no PIB (Produto Interno Bruto), numa suposta retomada. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), que monitora o crescimento mensalmente e é considerado uma prévia do PIB, tem sinalizado o amortecimento da retomada. Depois de forte crescimento em janeiro e fevereiro (1,04% e 1,7%), sofreu retração em março (-1,59%) e subiu um pouco em abril (0,85%). Em maio, voltou a registrar queda (-0,43%), decepcionando analistas que previam uma alta de 1%, segundo levantamento da Reuters.

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Projeções para o ano que vem, porém, já refletem a “volta do mesmo”. O Boletim Focus, que reúne avaliações das principais casas de análise semanalmente, previa, em janeiro deste ano, que o crescimento de 2022 seria de 2,5%. Em março, as expectativas começaram a cair. No levantamento da semana passada, a projeção estava em 2,1%. O FMI (Fundo Monetário Internacional) já baixou para 1,9%. O cenário do segundo semestre vai ficando turvo para a economia diante do crescimento de múltiplos riscos: inflação persistente, seca histórica que compromete o abastecimento de energia elétrica e o agronegócio, altas de juros e desarranjo fiscal somado à deterioração do ambiente político e institucional.

Com informações da reportagem da Folha de S.Paulo.