Roberto Campos Neto também tem offshore e se beneficiou de medida do Ministério da Economia
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, offshore em Paraíso Fiscal e se beneficiou de medida do governo Bolsonaro, aponta uma série de reportagens.
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Roberto Campos Neto se beneficiou
Segundo reportagem do site Metrópóles, no cargo de presidente do BC, Campos Neto também tem acesso a dados estratégicos, como câmbio e taxas de juros, capazes de afetar seus investimentos lá fora.
Em julho de 2020, por exemplo, ele assinou uma portaria mudando as regras para a declaração de ativos no exterior. Até então, todo brasileiro que tivesse mais de 100 mil dólares lá fora tinha que informar o BC todos os anos.
Com a portaria, esse valor subiu para 1 milhão de dólares – uma mudança que, dizem os especialistas, reduziu a transparência dos investimentos de brasileiros no exterior.
Não se sabe o volume de recursos que Campos Neto mantinha em sua offshore quando a fechou. Nos Pandora Papers, não aparece essa informação. Consultado, ele não quis informar o valor.
Quem é Roberto Campos Neto?
Roberto de Oliveira Campos Neto nasceu no Rio de Janeiro em 28 de junho de 1969.
Ele é um economista brasileiro. É o atual presidente do Banco Central do Brasil.
Roberto Campos Neto é filho de Roberto de Oliveira Campos Filho e neto paterno de Roberto de Oliveira Campos. Executivo do mercado financeiro, com 18 anos de passagem pelo Banco Santander, é neto do economista Roberto Campos, que comandou o Ministério do Planejamento no governo Castelo Branco (1964 – 1967) e foi um dos idealizadores do BNDES.
Graduado em Economia, com especialização em Finanças, pela Universidade da Califórnia, Roberto Campos Neto trabalhou, entre 1996 e 1999, no Banco Bozano Simonsen, nos cargos de operador de Derivativos de Juros e Câmbio, operador de Dívida Externa, operador da área de Bolsa de Valores e também como executivo da Área de Renda Fixa Internacional. Também trabalhou, de 2000 a 2003, como chefe da área de Renda Fixa Internacional no Banco Santander.