Apoie o DCM

Roberto Campos Neto também tem offshore e se beneficiou de medida do Ministério da Economia

Veja Roberto Campos Neto
Roberto Campos Neto. Foto: Wikimedia Commons

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, offshore em Paraíso Fiscal e se beneficiou de medida do governo Bolsonaro, aponta uma série de reportagens.

LEIA MAIS:

1 – Investigado por fake news, empresário bolsonarista Otávio Fakhoury tem offshore em paraíso fiscal

2 – Paulo Guedes tem offshore milionária em paraíso fiscal nas Ilhas Virgens Britânicas

3 – O rock morreu de overdose de cloroquina e a banda dos donos da Prevent Senior é prova disso. Por Kiko Nogueira

Roberto Campos Neto se beneficiou

Segundo reportagem do site Metrópóles, no cargo de presidente do BC, Campos Neto também tem acesso a dados estratégicos, como câmbio e taxas de juros, capazes de afetar seus investimentos lá fora.

Em julho de 2020, por exemplo, ele assinou uma portaria mudando as regras para a declaração de ativos no exterior. Até então, todo brasileiro que tivesse mais de 100 mil dólares lá fora tinha que informar o BC todos os anos.

Com a portaria, esse valor subiu para 1 milhão de dólares – uma mudança que, dizem os especialistas, reduziu a transparência dos investimentos de brasileiros no exterior.

Não se sabe o volume de recursos que Campos Neto mantinha em sua offshore quando a fechou. Nos Pandora Papers, não aparece essa informação. Consultado, ele não quis informar o valor.

Quem é Roberto Campos Neto?

Roberto de Oliveira Campos Neto nasceu no Rio de Janeiro em 28 de junho de 1969.

Ele é um economista brasileiro. É o atual presidente do Banco Central do Brasil.

Roberto Campos Neto é filho de Roberto de Oliveira Campos Filho e neto paterno de Roberto de Oliveira Campos. Executivo do mercado financeiro, com 18 anos de passagem pelo Banco Santander, é neto do economista Roberto Campos, que comandou o Ministério do Planejamento no governo Castelo Branco (1964 – 1967) e foi um dos idealizadores do BNDES.

Graduado em Economia, com especialização em Finanças, pela Universidade da Califórnia, Roberto Campos Neto trabalhou, entre 1996 e 1999, no Banco Bozano Simonsen, nos cargos de operador de Derivativos de Juros e Câmbio, operador de Dívida Externa, operador da área de Bolsa de Valores e também como executivo da Área de Renda Fixa Internacional. Também trabalhou, de 2000 a 2003, como chefe da área de Renda Fixa Internacional no Banco Santander.