Rússia anuncia retirada de parte das tropas em torno da Ucrânia

Nesta terça-feira (15), o governo da Rússia anunciou que retirará algumas de suas tropas da fronteira com a Ucrânia. A ação representa um possível recuo na ameaça de uma possível invasão.

O tamanho da retirada permanece incerto e pode envolver apenas uma fração das forças russas na fronteira ucraniana, que autoridades ocidentais estimam em mais de 60% do exército do país.

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Comunicado do Ministério da Defesa da Rússia

O anúncio da retirada veio em um comunicado do porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, que descreveu exercícios em andamento envolvendo forças de “praticamente todos os distritos militares, frotas e forças aerotransportadas”.

“Unidades dos distritos militares do sul e do oeste, que cumpriram suas missões, estão embarcando em trens e caminhões e seguirão para suas guarnições ainda hoje”, disse Konashenkov no comunicado.

O Ministério da Defesa também divulgou um vídeo de tanques russos e outras armas pesadas sendo carregadas em vagões ferroviários. A gravação parecia ter sido feita na Crimeia.

“A Rússia está fazendo várias alegações, então temos uma regra: vamos acreditar quando virmos”, disse Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia. “Se virmos a retirada, vamos acreditar na desescalada.”

O que pensam os EUA

Os EUA e outros países ocidentais chamaram a retirada das tropas russas na fronteira como uma pré-condição para negociações bem-sucedidas sobre as demandas do Kremlin por “garantias de segurança”.

A Rússia anunciou anteriormente a conclusão de exercícios militares perto da fronteira ucraniana, mas a imprensa e as fotografias de satélite tiradas nos dias seguintes não mostraram mudanças consideráveis na postura do país. Esses movimentos envolveram apenas um pequeno número de tropas.

Muitas das tropas localizadas perto da fronteira ucraniana não estão envolvidas em nenhum treinamento formal. Quando questionada sobre o acúmulo, a Rússia disse que tem o direito de mover tropas como desejar dentro de seu próprio território.

Com informações do Guardian

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