Apoie o DCM

Saiba o que salvou a vida de Grosjean na explosão que ocorreu na F1

Grosjean viraliza porque “nasceu de novo” após acidente na F1 . Foto: Reprodução/Twitter

De Julianne Cerasoli no Pole Position do UOL.

“A célula de sobrevivência, o halo, os macacões à prova de fogo, os cintos de segurança, o sistema HANS (que ajuda a estabilizar a cabeça do piloto), o fato de o médico da FIA estar lá numa questão de segundos e indo impetuosamente ajudá-lo a sair do carro? Claro que você sempre vai aprender com acidentes, mas bater em uma barreira a 222km/h e sair andando é o melhor resultado de hoje”.

O resumo de Christian Horner, chefe da Red Bull, mostra bem como toda a evolução da segurança da Fórmula 1 ao longo dos anos fez com que Romain Grosjean escapasse de um acidente impressionante, em que seu cockpit rasgou o guard rail e pegou fogo como há décadas não se via na categoria, apenas com algumas queimaduras. A equipe Haas confirmou na manhã desta segunda-feira que ele será liberado do hospital no Bahrein já na terça.

Como acontece com todos os acidentes em todas as categorias chanceladas pela Federação Internacional de Automobilismo, os detalhes do que aconteceu na primeira volta do GP do Bahrein serão estudados com cuidado, mas as duas grandes questões levantadas após a batida foram por que o carro pegou fogo, e como ele abriu um buraco no guard rail.

Como explicou Sebastian Vettel, estes dois problemas podem estar relacionados. “Acho que a grande questão é que o guard rail se rompeu completamente. Não vejo como um guard rail pode falhar de forma a permitir que o cockpit passe por ele e fique preso, arrancando a parte de trás do carro da parte da frente. Isso deve ter exposto o tanque de combustível, o que causou o incêndio. É isso que não pode acontecer sob nenhuma circunstância”, disse o tetracampeão, que divide com Grosjean a presidência da associação de pilotos, que se reúne toda sexta-feira de GP para discutir, entre outros assuntos, questões voltadas à segurança.

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, concordou que há lições a serem tiradas do acidente, embora acredite que não seja algo que vá se repetir tão cedo. “Acho que foi um acidente estranho. O ângulo como ele bateu, acho que o carro pegou um pouco de lado, e foi preciso, como uma faca, partindo a barreira. Não achava que essas barreiras modernas poderiam se partir dessa forma, então precisamos analisar como isso aconteceu e como nós podemos otimizar as barreiras no futuro”, disse Wolff.

“O último acidente com fogo aconteceu em Imola há mais de 30 anos. A célula de combustível tem que se manter intacta. A traseira deveria se quebrar junto com o motor. Há muitas coisas para aprender e muita segurança para melhorar.”

O tanque de combustível fica acoplado na parte traseira da célula de sobrevivência, que é a parte que rasgou o guardrail. Ele é feito de kevlar, que é um dos materiais sintéticos mais fortes que existem.

(…)