Secretário do tratoraço pede demissão do governo Bolsonaro

Secretário do ‘ tratoraço ‘, apelido que ganhou dos deputados, pediu exoneração do Ministério do Desenvolvimento Regional nesta sexta (8). Ele é suspeito de envolvimento de desvios de verbas do governo. Mesmo com a investigação da Polícia Federal, ele seguia no cargo, conforme revelou hoje o Estadão.
Ele era secretário nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano. Tiago assinou uma licitação em que a Controladoria-Geral da União apontou R$ 130 milhões em sobrepreço. A secretaria também acertou mais de 115 convênios com risco de sobrepreço “alto ou extremo”. Pelo menos é o que diz relatório da CGU.
Ele é alvo da Operação Pés de Barro, da Polícia Federal. A ação investiga possíveis desvios no Ministério da Saúde na gestão de Ricardo Barros, em 2018. Na ocasião, Pontes era diretor de Logística da pasta.
O Estadão relatou que a secretaria de Tiago empenhou R$ 6,5 bilhões em emendas do relator-geral do orçamento. Isto é apontado como mecanismo do orçamento secreto criado entre o governo Bolsonaro e o Congresso.
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Secretário do tratoraço e sua escalada para chegar ao governo Bolsonaro
Ele chegou ao cargo em maio do ano passado. Foi na época que Bolsonaro se aproximou do Centrão e passou a distribuir mais cargos. O ex-secretário do “tratoraço” tem forte ligação com políticos influentes. Silvio Costa Filho (Republicanos-PE); o presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP); o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) são alguns exemplos.
Ele também tem boa relação com Ciro Nogueira e o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas).