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Segundo ranking, brasileiros nunca foram tão infelizes e tendência é piorar

O presidente da República, Jair Bolsonaro – Isac Nóbrega – 20.fev.2019/PR

Da RBA:

A infelicidade tomou conta do Brasil, segundo o ranking do Instituto Gallup em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e fundações internacionais. A crise econômica e a desconfiança em relação aos líderes da política, principalmente, fizeram o país perder 16 posições em relação ao ranking de 2015, quando era o 15º país mais feliz do mundo, na frente de Luxemburgo, Irlanda e Bélgica, entre outros.  O ranking tem o objetivo de influir em políticas públicas.

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O Brasil está hoje em 32º lugar entre os 156 países avaliados no ranking. A população da Costa Rica, México, Chile, Guatemala e Panamá se considera mais feliz que os brasileiros em termos de questões políticas, econômicas e sociais – como PIB per capita e expectativa de vida – e até em aspectos subjetivos, como bem estar, liberdade, generosidade e percepção de corrupção.

A julgar por esses parâmetros, o sociólogo Laymert Garcia dos Santos, da Universidade Estadual de Campinas, acredita que a felicidade do brasileiro vai continuar a despencar com a “necropolítica” ou “política de morte” adotada pelo presidente Bolsonaro e seus auxiliares, que os seus eleitores demoram a começar a perceber.

“A tendência é de sermos mais infelizes, se consideramos o que estamos vivendo, e sobretudo os efeitos da política de destruição crescente, cujos efeitos ainda não se concretizaram completamente. A infelicidade vai aumentar. E muito”, acredita. Na sua avaliação, se a população brasileira fosse melhor informada e menos “desentendida e infantil”, estaria se sentindo muito mais infeliz do que já está. “Esse posicionamento no ranking é muito bom em vista da situação de destruição que o país está vivendo.”

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Para o sociólogo, a queda da popularidade do presidente apontada esta semana pelo Ibope é ainda muito tímida e reflete um “leve despertar”. A aprovação em queda ainda estaria alta mesmo para um governante que em menos de três meses já fez muitos estragos. “Acho que, embora esteja despencando, caiu pouco diante do nível de destruição em todos os setores. Na saúde, na educação, nas propostas de reforma da Previdência, violência, política externa, de gênero, econômica, política, cultural, social, ambiental. Só tem surgido destruição. Não aconteceu nada de positivo, absolutamente nada”, avalia.

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