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Sindicatos de trabalhadores se recusam a assinar manifesto e dizem que Fiesp divide culpa entre Poderes

Paulo Skaf sindicatos
Paulo Skaf e Jair Bolsonaro.
Foto: Divulgação/FIESP

Os sindicatos dos trabalhadores devem se posicionar nos próximos dias sobre o manifesto da Fiesp. João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, explicou a situação. Ele declarou que foi avaliado que o posicionamento de Skaf divide culpa entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Tal visão vai na contramão do que as entidades pensam.

“Faltou ser mais incisivo e dizer onde está o nó das coisas. Na nossa opinião, o nó que prejudica a economia e o desenvolvimento político e econômico é a maneira como Bolsonaro conduz as coisas”, relatou Juruna.

Os trabalhadores consideraram o manifesto de Paulo Skaf leve. O possível candidato ao Senado em 2022 é visto como um dos representantes do setor privado mais próximo do presidente. Por conta disso, recebeu críticas pelo seu posicionamento.

Porém, o governo federal não gostou do documento do empresário. Na visão bolsonarista, havia uma crítica no manifesto ao presidente. A posição aconteceu no mesmo período que outros empresários fizeram protestos contra o chefe do Executivo.

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Não houve só manifestação dos sindicatos

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil ameaçam se retirar da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) após a entidade assinar um manifesto em defesa da democracia. São vários documentos criticando Bolsonaro.

A votação foi vencida pelas instituições privadas, lideradas por Bradesco, Itaú Unibanco e Santander.

O documento, intitulado “A praça é dos Três Poderes”, conta com o apoio de várias representações do setor produtivo. A informação é da coluna de Lauro Jardim, no Globo.

A declaração afirma que “as entidades da sociedade civil que assinam esse manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas”.

“O momento exige serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer, gerar empregos e assim reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população”, diz.