STJ afasta em definitivo Rogério Caboclo da CBF

O ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu, nesta quinta-feira (24), que CBF será presidida por interventor. Rogério Caboclo, que deixa a presidência em definitivo, já tinha sido suspenso por 21 dias. Ele foi investigado por assédio sexual contra três ex-funcionárias e por abusos morais contra um dirigente da CBF, mas nega as acusações. Presidente da Confederação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, pode não assumir a função.
A decisão liminar acatou pedidos feitos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Ainda hoje, enquanto o STJ decidia sobre o pleito, a confederação realizava uma assembleia e acabou afastando Caboclo. Em vez de Ednaldo, o STJ determinou que entidade seja presidida por diretor mais velho. CBF ainda não se manifestou sobre o caso.
Leia mais:
1- PF suspeita que ex-presidente da CBF foi usado para gerar caixa 2 para a Precisa
2- Afastado da CBF, Rogério Caboclo culpa entidade por vexame internacional
3- Presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo é acusado de assédio por outra mulher
MP do Rio pediu anulação de assembleia que elegeu Rogério Caboclo
Na ação, MP pediu a anulação de uma assembleia que aconteceu em março de 2017. Na ocasião, apenas as 27 federações votaram sobre como seria o processo eleitoral.
Assim, ficou decidido que o peso do voto das federações seria de 3, dos clubes das Série A, 2; e dos da série B, 1. Somados os votos das federações tinham peso 81 e dos clubes, 60.
Com isso, segundo o promotor Rodrigo Terra, houve violação ao artigo 22 da Lei Pelé, que explicita que os times precisam estar cientes das modificações.
Em consequência dessa assembleia, foi realizada uma eleição em 2018, culminando na eleição de Rogério Caboclo e oito vice-presidentes. Por isso, MP também pediu a anulação dessa eleição.
“Em vez de criar um mecanismo que podia quebrar a hegemonia do grupo político que vinha conduzindo a CBF nos últimos 50 anos, o objetivo do legislador acabou criando mais dificuldade ainda pra quebrar essa hegemonico”, disse o promotor Rodrigo Terra. As informações são do GLOBO.