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TCU aponta possível fraude na avaliação de custo da privatização da Eletrobras

O TCU (Tribunal de Contas da União) identificou um novo erro no cálculo nos estudos para o projeto de privatização da Eletrobras. O órgão indica haver uma “subavaliação gigantesca” no valor da proposta para privatização da estatal.
Letreiro na sede da Eletrobras. (Reprodução/internet)

O TCU (Tribunal de Contas da União) identificou um novo erro no cálculo nos estudos para o projeto de privatização da Eletrobras. O órgão indica haver uma “subavaliação gigantesca” no valor da proposta para privatização da estatal. Após a divulgação da análise nesta quarta-feira, 02, o valor das ações da empresa caiu 2,79%.

A falha, de acordo com o CartaCapital, se deu no cálculo da potência das usinas hidrelétricas — o que deve acrescer em bilhões de reais o custo da compra, encarecendo e provavelmente adiando a privatização. O valor exato da falha ainda deverá ser apresentado pelo ministro responsável pela análise, Vital do Rego.

O caso como um todo deverá ser analisado pelo plenário da corte entre fevereiro e março desse ano, seguido pela divulgação de um novo valor proposto para a privatização. Mesmo assim, analistas da Ativa Investimentos mantiveram, por enquanto, a recomendação de compra para a Eletrobras (ELET3 e ELET6).

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Suspeita de fraude na privatização da Eletrobras

A denúncia da suspeita de uma possível fraude no processo de privatização da empresa veio à tona no ano passado. A acusa partiu da Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL), e foi formalizada ao TCU, CGU, Casas Legislativas, CVM e SEC. Na época, a entidade chegou a destacar 13 irregularidades, entre as quais a chamada “descotização” das usinas.

“As usinas em cotas tinham contratos já assinados até 2042, o que faz com que esta lei imponha à União uma gigantesca renúncia de receita em prol dos outros [acionistas] ordinaristas e preferencialistas a preço de banana”, dizia trecho do documento.