Técnicos da Anvisa relatam estar inseguros com ameaças de Bolsonaro
Técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) relatam que a sensação de insegurança aumentou diante das ameaças e ataques que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem feito contra o órgão.
Um servidor, inclusive, disse que construiu um muro no entorno da sua casa, em Brasília, mesmo morando em um condomínio fechado que possui serviço de segurança 24 horas.
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O clima de insegurança na agência está presente desde o início da pandemia de coronavírus, quando Bolsonaro e seus apoiadores começaram uma série de ataques contra a atuação das equipes no combate a doença.
Mais recentemente, quando a Anvisa liberou o uso da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, os ataques se intensificaram.
Anvisa decide se libera Coronavac para crianças nesta quinta
A diretoria da Anvisa irá analisar nesta quinta-feira (20) o pedido do uso emergencial da vacina CoronaVac em menores de idade (de 3 e 17 anos). A reunião está marcada para 10h em Brasília.
Este é o segundo pedido do Instituto Butantan que será analisado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anteriormente, técnicos apontaram que faltavam dados sobre os estudos técnicos utilizados para garantir a eficácia da vacina.
A CoronaVac já é aplicada em menores de idade (entre 3 e 17 anos) no Chile, China, Equador, Indonésia e em outros países. Mais de oito milhões de doses nesse grupo já foram aplicadas e sem a ocorrência de eventos adversos graves, segundos os pesquisadores.