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Temer: “Não me meto nessa história de impeachment”

Do Valor:

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta segunda-feira que quer que o partido eleja um presidência da República em 2018 e que não seja mais apenas base para governos de outros partidos. E que para eleger um sucessor da presidente Dilma Rousseff (PT), os peemedebistas precisam ter um bom desempenho nas eleições para prefeito este ano.

Em encontro do PMDB de Minas Gerais, Temer lembrou que a legenda já concentra muito poder político – pelas mãos do presidente do Senado e da Câmara e com uma grande bancada federal – , mas que em um regime presidencialista, para por em prática seus planos e ideias, é preciso ter a caneta presidencial.

“Nós temos poder político”, disse ele, em um pronunciamento durante encontro peemedebista na capital mineira, em que ouviu diversas críticas ao governo Dilma. “O que nós precisamos é ter a Presidência da República em 2018”, acrescentou. “Precisamos ter meios, caneta.”

Depois, à imprensa, continuou no tema. Disse que as viagens que tem feito pelo país para, segundo diz, “unificar” o PMDB e garantir que seja reconduzido com amplo apoio ao cargo de presidente nacional do partido na convenção nacional em março, tem como objetivo reforçar a legenda nas eleições de outubro. E que seu segundo propósito com o giro nacional é preparar o terreno para o partido eleger um candidato próprio daqui a dois anos.

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Temer voltou a rebater, durante a entrevista, que tenha tido um papel de articulador nas pressões em favor de um processo de impeachment de Dilma. “Jamais fui articulador do impeachment”, disse. “Eu não me meto nessa história, não entro nessa história”, afirmou ele, acrescentando que o assunto cabe ao Congresso. “E o Congresso Nacional vai chegar ao que deve fazer”.