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TSE suspende vídeo de canal argentino que transmitiu live com fake news sobre a eleição no Brasil

Live de consultor argentino, amigo de Eduardo Bolsonaro, divulga informações falsas sobre urnas brasileiras. Foto: Reprodução

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu o vídeo do consultor argentino Fernando Cerimedo, amigo de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que divulgou fake news sobre as urnas eletrônicas brasileiras e que, sem base alguma, afirmou que as eleições teriam sido “fraudadas”.

Reprodução do material foi compartilhada por várias páginas de extrema-direita e pelos deputados federais eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO).Ambos tiveram, inclusive, suas contas suspensas nas redes sociais.

O vídeo original em questão é do canal “La Derecha Diário”, no YouTube. Nele, foram levantadas suspeitas infundadas a respeito do processo eleitoral do último domingo (30), que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente do Brasil.

Cerimedo sustentava a tese falaciosa de que cinco modelos de urnas eletrônicas teriam sido usadas nas eleições deste ano, mas que somente o modelo 2020 dos equipamentos seriam auditáveis e teriam sido submetidos a teste, o que é falso. Ele afirma ainda que os modelos antigos registrariam mais votos para Lula do que para Bolsonaro, o que também não corresponde aos fatos.

O TSE disse, em nota, que todos os modelos, antigos e novos, foram testados e auditados, ressaltando ainda que os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e que todos foram utilizadas nas Eleições 2018, quando Bolsonaro se elegeu.

“Nesse período, esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015”, informa o Tribunal.

Ainda de acordo com o órgão, as urnas eletrônicas modelo 2020 também passaram por testes e “não foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo indício de vulnerabilidade”. “O software em uso nos equipamentos antigos é o mesmo empregado nos equipamentos mais novos (UE2020), cujo sistema foi amplamente aberto para auditoria dentro e fora do TSE desde 2021”, completa a nota.

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