Apoie o DCM

Ucrânia ignorada: Damares confunde ONU com “propaganda eleitoral”

Damares Alves
Damares Alves. Foto: Agência Brasil

Segundo Jamil Chade no UOL, a ministra Damares Alves não citou em nenhum momento a Guerra da Ucrânia de forma explícita.

E apenas insistiu que o presidente Jair Bolsonaro defende a paz “em todos os países do mundo”. Ignorando o gesto de “arminha” do presidente e seu discurso de ódio, ela destacou como “o presidente sempre promove a paz”.

De acordo com ela, “a insistência na defesa do Consenso de Genebra, uma aliança internacional contra o aborto, reforça o alinhamento do Brasil a países ultraconservadores como Rússia, Arábia Saudita, Uganda, Iraque e Hungria”.

“Criado por Brasil e Estados Unidos, o acordo já foi abandonado pela gestão do presidente Joe Biden, deixando o país ainda mais isolado na promoção da agenda ultraconservadora contra direitos sexuais e reprodutivos”.

Segundo o jornalista, para Paulo César Carbonari, da coordenação do Movimento Nacional de Direitos Humanos, que acompanhou a intervenção de Damares Alves, “ela transformou o Conselho da ONU num palanque para propagandear feitos do governo em direitos humanos”.

“Mas não foi honesta, pois escondeu os desmontes que vem realizando. Vergonhoso e inaceitável que um foro internacional sirva para alimentar a ação de apoiadores”, disse. Carbonari também criticou o fato de Damares não ter feito uma condenação explícita às guerras, particularmente na Ucrânia. “Dizer que o Brasil sempre defende a paz não é suficiente neste momento”, completou.

LEIA MAIS:

1 – Jamil Chade é ameaçado após revelar busca do gabinete do ódio por ferramenta espiã
2 – “Anvisa, tem um sujeito que nunca respeita os protocolos”, diz Jamil Chade, sobre Bolsonaro
3 – Jamil Chade dá CV de novo chanceler: “nunca foi sequer chefe de departamento”

Ameaça ao jornalista

O jornalista Jamil Chade, correspondente internacional do UOL, relatou uma agressão da ministra Damares Alves no Twitter: “Na ONU, fui perguntar para Damares como ela considerava a questão do conflito na Ucrânia.

Ela me respondeu que não falava comigo. Quando eu perguntei o motivo de sua recusa, ela respondeu que se eu insistisse ela ‘chamaria a segurança’!”.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link