Uruguai precisa se desfazer de águia nazista encontrada em navio

A justiça uruguaia determinou que o país se desfaça de uma peça nazista encontrada em um navio da Segunda Guerra Mundial. Se trata de uma águia de bronze, com a suástica, que pesa três toneladas e tem mais de dois metros de altura.
O símbolo pertencia ao Admiral Graf Spee, um sofisticado navio de guerra do Terceiro Reich afundado na Baía de Montevidéu após uma batalha com navios britânicos em 1939.
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A preocupação do governo uruguaio é que um leilão da peça poderia contribuir para exaltar o nazismo. No entanto, a justiça determinou a venda, para que seja possível pagar a empresa que extraiu a águia do fundo do Rio da Prata.
A Alemanha e organizações judaicas também estão se manifestando contrárias ao leilão.
“Alemanha e Uruguai compartilham o interesse de que o objeto não seja leiloado e, portanto, não seja usado incorretamente para glorificar o regime nazista”, afirmou uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha à BBC Mundo.
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Vinte anos se passaram desde que os primeiros presos chegaram a Guantánamo. O centro de detenção dos EUA está localizado em uma base naval no leste de Cuba. O governo cubano solicita continuamente seu fechamento e o considera como estando em território ocupado. A prisão foi construída 96 horas após os terríveis ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e já contou com 780 prisioneiros. Eles eram de 49 nacionalidades diferentes, principalmente afegãos, sauditas, iemenitas e paquistaneses, e tinham entre 13 e 89 anos de idade quando foram detidos. Guantánamo é um lugar inexpugnável, onde a tortura e a impunidade estavam – e presumivelmente ainda estão – na ordem do dia.