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Vacinas do coronavírus inativado, como a CoronaVac, podem ser adaptadas para mutações

Do Jornal Extra.

Um especialista do Controle e Prevenção de Doenças da China (CDC) afirmou nesta terça-feira que vacinas contra a Covid-19 baseadas em vírus inativado, como a CoronaVac, adotada no Brasil, podem ser atualizadas para responder às novas variantes do coronavírus em cerca de dois meses. A informação foi divulgada pelo jornal estatal Global Times.

Desde a emergência de mutações do Sars-CoV-2 em variantes identificadas no Brasil, Reino Unido e na África do Sul, especialistas têm manifestado receio de que as vacinas desenvolvidas ao longo do último ano sejam menos eficientes contra as linhagens recentemente descobertas.

Se necessária, uma atualização da vacina contra Covid-19 baseada em vírus inativo poderia ser finalizada em cerca de dois meses, disse Shao Yiming, um cientista do CDC chinês, ao Global Times em uma entrevista.

A capacidade neutralizadora de anticorpos induzida pelas vacinas chinesas, que foram desenvolvidas de acordo com a variante que se disseminou na cidade de Wuhan no final de 2019, pareceu mais fraca contra variantes recém-descobertas no Reino Unido e na África do Sul, disse Yiming ao Global Times, citando estudos de fabricantes de vacina e laboratórios da China.

A CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, e o imunizante da China National Pharmaceutical Group (Sinopharm), são baseadas no coronavírus inativado e utilizadas em diferentes países além da China e no exterior. O vírus inativo não consegue se reproduzir nas células humanas, mas estimula a resposta imune capaz de proteger o organismo contra o novo coornavírus.

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