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Vereador diz que João Doria tenta cooptar militantes com oferta mensal de dinheiro

Da Folha:

Guerra aberta O vereador Adolfo Quintas (PSDB-SP), aliado de Andrea Matarazzo nas prévias tucanas para a escolha do candidato que disputará a Prefeitura de SP, acusa o empresário João Doria de “cooptar” militantes do partido por meio de ofertas de R$ 2.000 mensais. Quintas aponta Geraldo Malta, militante histórico da zona leste da cidade, como o autor da oferta em nome de Doria. “Malta é um mercenário. Faz política assim”, diz o vereador. Doria e Malta refutam, com veemência, as acusações.

Outro lado 1 João Doria, por meio de sua assessoria, reagiu às acusações do correligionário. “É lamentável que um vereador recorra a atitudes levianas e sem provas, numa tentativa desesperada de barrar” um pré-candidato que vem crescendo na disputa interna.

Bateu, levou “O vereador Adolfo Quintas deveria ocupar seu tempo para, de forma limpa, fazer campanha para Andrea Matarazzo”, completou Doria.

Mais tiros “Esse pessoal [alguns militantes registrados do partido] não trabalha se não receber. Conheço um por um. Estou na vida política na zona leste há mais de trinta anos. Sei disso porque vieram relatar para mim. Falaram que estavam ganhando e por isso estavam apoiando ele”, diz Adolfo Quintas.

Outro lado 2 “Se o Adolfo Quintas, um vereador da minha região que eu respeito, disse que estou pagando, desafio ele a provar. Vou para um tête-à-tête com ele”, rebateu Geraldo Malta, que interpreta a acusação como “medo de perder” as prévias. “Apelação barata isso.”

Omissão O advogado Torquato Jardim, especialista em direito eleitoral, afirma que a lei não descreve como gasto de campanha as prévias partidárias. “A legislação eleitoral admite as prévias como atividade do partido, com recursos do partido.”

Vejo assim Torquato, porém, interpreta o eventual pagamento de um cabo eleitoral como prática irregular. “O pré-candidato que gastar dinheiro com voto estaria praticando abuso de poder econômico”, defende o advogado.