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VÍDEO: Advogado que “enforcou” colega diz que era uma dinâmica ensaiada

Foto: Reprodução

Após protagonizar cena “enforcando” uma colega, o advogado responsável pela defesa do biólogo Luiz Felipe Manvailer, condenado a 30 anos de prisão pelo homicídio de Tatiane Spitzner, disse que era uma “dinâmica ensaiada”.

“A Maria Eduarda faz parte da equipe. A Maria Eduarda, uma advogada criminalista, que acompanha esse caso há muito tempo conosco, estudando o caso. (…) Nos auxiliando de forma determinante e também ela participou de uma dinâmica, uma dinâmica simulada, reproduzida em plenário. (…) Nós treinamos essa dinâmica, nós combinamos, ela não teve nenhuma lesão, não foi subjugada”, afirmou.

“Com certeza, doutor. Para mim, foi uma honra participar poder participar e ajudar nessa dinâmica. (…) Fui tudo treinado, nós já tínhamos combinado, não fui pega de surpresa. Não acredito que isso esteja denigrindo a minha imagem como mulher, ao contrário, está realçando a minha imagem como advogada”, respondeu Maria Eduarda. Ela ainda disse que outros advogados concordariam que eles estão dispostos a tudo para defender suas causas em plenário.

Sobre o ocorrido, Luciana Boiteux disse o seguinte:

Não tenho coragem de divulgar a cena de hj da defesa no júri do caso Tatiane Spitzner na qual o advogado do réu simulou (ou agrediu?) sua colega. Nem assim conseguiu impedir a condenação de prisão de seu cliente a de 31 anos. Aqui nesse video ele tenta se explicar. Deplorável.

Não, nenhum/a advogado/a pode estar disposto/a “a tudo” para a defesa em plenário. Há limites éticos que precisam ser respeitados, não vale tudo. Jamais a agressão a uma mulher pode ser usada como tática de defesa num júri. Aguardaremos que a OAB se pronuncie urgente.

E já passou da hora de advogados aprenderem que não se sustenta esse tipo de defesa em pleno sec. XXI, assim como teses como a legitima defesa da honra, ou a de atacar a mulher vítima para colocar nela a culpa por sua própria morte.