VÍDEO: “Desligariam os aparelhos, aplicariam bomba de morfina e eu viria a óbito”, diz paciente da Prevent Senior

O ex-paciente da operadora de saúde Prevent Senior, Tadeu Frederico de Andrade, está sendo ouvido na sessão da CPI da Covid desta quinta-feira (07). Ele relatou que, mesmo sem a autorização da sua família, a operadora queria transferi-lo para um “leito híbrido”, onde os médicos desligariam os equipamentos que o mantinham vivo, aplicariam uma bomba de morfina e ele iria a óbito.
O relato de Tadeu é chocante. Assista ao vídeo no final da página.
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Entre os absurdos aos quais o ex-paciente foi submetido também está a prescrição do chamado “kit Covid”, composto por medicamentos ineficazes contra a doença, que foram enviados diretamente para a sua residência. Ele relata que piorou após tomar o kit e precisou ser internado.
Após 30 dias na UTI, os médicos da Prevent Senior ligaram para uma das filhas de Tadeu, para comunicar que ele passaria a receber cuidados paliativos.
“Segundo as palavras da doutora Daniela, nesse ‘leito híbrido’ eu teria ‘maior dignidade e conforto e o meu óbito ocorreria em poucos dias’”, contou à CPI o ex-paciente. “Felizmente, minha filha não concordou”, completou.
Ele relata que mesmo sem a autorização da família, a médica inseriu em seu prontuário o início dos cuidados paliativos. “Inclusive, se eu tivesse alguma parada cardíaca, tinha recomendação para não fazer reanimação”, disse.
Assista abaixo ao relato do ex-paciente da Prevent Senior.
Paciente que foi mandado para cuidados paliativos sem autorização da família na Prevent Senior relata internação após tomar remédios sem eficácia.
“Após 30 dias de UTI, me mandariam para um leito híbrido, pois meu óbito aconteceria em poucos dias.” pic.twitter.com/i2QGnqKdQT
— Metrópoles (@Metropoles) October 7, 2021