Viúva de bolsonarista morto na Papuda pede prisão de Moraes por “maus-tratos”
Edjane Cunha, viúva do “patriota” Cleriston Pereira da Cunha, que morreu na Papuda após passar mal, apresentou uma representação contra Alexandre de Moraes na Procuradoria-Geral da República (PGR). No documento protocolado na quarta-feira (6), ela solicita a perda do cargo de ministro do STF, alegando que o magistrado teria cometido crimes com penas que variam de 10 anos a até 31 anos de prisão. Com informações da coluna de Paulo Capelli, no Metrópoles.
O advogado Tiago Pavinatto, representando a viúva e as duas filhas de “Clezão”, afirma que Moraes praticou “maus-tratos em modalidade qualificada, abuso de autoridade e tortura”. Alega ainda que o ministro violou 32 dispositivos legais ao manter o “patriota” encarcerado mesmo após parecer favorável à sua soltura emitido pela PGR dois meses antes de sua morte em 20 de novembro.
A representação destaca que Cleriston “sequer conseguia caminhar para os banhos de sol” e acusa Moraes de conduta omissiva dolosa por não considerar o laudo médico que indicava urgência na liberação do detento. O documento protocolado pede a pena de reclusão de 10 anos e 11 meses a 31 anos e 11 meses, juntamente com a perda definitiva do cargo de ministro.
Por fim, a viúva solicita à PGR que formalize uma denúncia contra Alexandre de Moraes junto ao STF, em um caso inédito que seria julgado pela própria Suprema Corte. O documento foi encaminhado à procuradora-geral da República, Elizeta Ramos, que exerce a função interinamente até a nomeação de Paulo Gonet, indicado pelo presidente Lula para o cargo. O advogado representante da família, Tiago Pavinatto, é ex-comentarista da Jovem Pan e deixou a emissora após recusar-se a fazer uma retratação por comentários sobre o desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
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