Preso por invadir Senado no 8 de janeiro morre na Papuda em Brasília

Atualizado em 20 de novembro de 2023 às 16:40
Carro do IML no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Foto: Reprodução

Um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que estava preso preventivamente por participar dos atos golpistas de 8 de janeiro, morreu nesta segunda-feira (20) no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, sofreu um “mal súbito”, segundo informações da penitenciária. Ele estava detido no Centro de Detenção Provisória (CDP II), uma das unidades da Papuda.

De acordo com ofício da Vara de Execuções Penais (VEP), o bolsonarista teve “um mal súbito durante o banho de sol” na manhã desta segunda. O Corpo de Bombeiros e o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram ao local, mas não conseguiram reanimá-lo.

Cunha foi preso dentro do Senado no dia 8 de janeiro. Em abril, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes e tornou-se réu. Não havia previsão para o julgamento definitivo.

Cleriston Pereira da Cunha estava preso na Papuda. Foto: Reprodução

Em setembro, a PGR concordou com um pedido de liberdade apresentado pela defesa, alegando que o fim da fase de instrução, com as audiências das testemunhas e do próprio réu, permitia a soltura.

O advogado Bruno Azevedo de Sousa, que representa o bolsonarista, havia solicitado a conversão da prisão preventiva em domiciliar, argumentando que o cliente tinha “sua saúde debilitada em razão da COVID 19, que lhe deixou sequelas gravíssimas, especificamente quanto ao sistema cardíaco”. O pedido não foi analisado pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Registros da penitenciária indicam que Cunha sofria de diabetes e hipertensão e utilizava medicação controlada. Ele recebeu seis atendimentos médicos entre janeiro e maio, além de ter sido encaminhado para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em maio.

O bolsonarista foi denunciado por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Nas alegações finais do processo, a defesa afirmou que Cunha foi à manifestação do dia 8 de janeiro “por acreditar que seria pacífica” e que somente entrou no Senado “para se abrigar”.

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