Prestes a lançar “Marighella” nos cinemas após mais de 2 anos de atraso, Wagner Moura criticou o governo Bolsonaro e disse que votaria no ex-presidente Lula se as eleições fossem hoje.
Moura define como “trágica, mas pedagógica” a vitória de Bolsonaro, por revelar que o Brasil também é “um país autoritário, violento, racista, de uma elite escrota”. “Ele é um personagem profundamente conectado ao esgoto da história brasileira, que nos mostra que o Brasil não é só um país de originalidade, de beleza, de potência, de diversidade, de biodiversidade.”
Por esses motivos, o cineasta declara voto a Lula, que para ele é “o presidente mais importante da história do Brasil”, mas faz ressalvas, porque gostaria de “um passo adiante” na política. “Do PT, a gente tem que buscar outra coisa, uma ideia de país que foi esboçada por esses governos, mas não suficientemente.”
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“Por um tempo, achei que Marina Silva representava esse passo adiante, mas ainda procuro por esse alguém, seja na figura de um partido, seja na de um político. Há muitos políticos que respeito, jovens, que podem virar esse passo adiante. Mas agora o momento é de reconstrução da democracia. Então, se a eleição fosse hoje, acho que eu votaria no Lula”, disse.
“O que está em jogo hoje é a democracia em si”, disse o ator, que agora dirige seu primeiro filme. “O retrocesso foi tão grande que temos que olhar para a saúde da democracia, independentemente de quem seja o próximo presidente do Brasil. A gente tem que derrotar esse atraso.”
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