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Youtube faz sua maior limpeza e apaga vídeos de bolsonaristas com fake news sobre fraude nas eleições

Foto: Reprodução
O YouTube apagou nos últimos dez dias ao menos 22 vídeos contendo desinformação e mentiras sobre a urna eletrônica e as eleições. A limpeza é a maior já feita pela plataforma desde que as novas regras da empresa sobre desinformação eleitoral começaram a valer, em março, de acordo com monitoramento da Novelo Data.

A ação foi posta em prática dois dias após mais de 1.960 vídeos circularem na plataforma com mentiras sobre as eleições, totalizando 58 milhões de visualizações. O valor se reverteu em monetização de até R$ 1 milhão para youtubers bolsonaristas que produziram o conteúdo enganoso, segundo cálculo feito pela Novelo e agência Bites.

Somam 45 os vídeos com enganação sobre fraude eleitoral apagados pelo YouTube em menos de três meses, sendo quase 50% entre 31 de maio e 2 de junho e 11 deles derrubados em 1 de junho. A limpeza geral é maior. Houve a exclusão de outros vídeos acerca de temas que contrariavam as normas da plataforma, como bullying e Covid-19, diz o Globo.

Em sua política de combate à desinformação, o YouTube diz que não permite determinados tipos de informação incorreta que possam causar danos, incluindo conteúdo que interfere nos processos democráticos. “Conteúdo postado após a certificação dos resultados oficiais para promover alegações falsas de que fraudes, erros ou problemas técnicos generalizados mudaram o resultado de eleições nacionais anteriores”, diz a empresa.

A regra, no entanto, só se aplica às eleições americanas, às eleições federais da Alemanha de 2021 e à eleição presidencial do Brasil de 2018. A iniciativa derrubou até um vídeo de Bolsonaro publicado em junho de 2021. Na publicação, o presidente abordava temas controversos como tratamento precoce e voto auditável, por isso, não é possível saber se o tema eleitoral foi o responsável pela exclusão.

Em nota, o YouTube explica que todos os conteúdos precisam seguir suas Diretrizes de Comunidade e que conta com revisores e denúncias de usuários para “identificar materiais com conteúdo suspeito e manter a comunidade da plataforma segura”. Diz ainda que tem elaborado políticas e sistemas “para reduzir a disseminação de informações enganosas”.Getter (4,1 mil) e Parler (3,1 mil). Links do TikTok, por fim, circularam 2,6 mil vezes.

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