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Zambelli, Fakhoury e outros bolsonaristas defendem a não vacinação com argumentos mentirosos

Otavio Oscar Fakhoury admitiu que já financiou manifestações a favor do governo
Foto: Reprodução/CNN (4 de junho de 2020)

Bolsonaristas extremistas fiéis ao presidente da República, como a deputada Carla Zambelli e o empresário Otávio Fakhoury, do gabinete do ódio, estão defendendo a não vacinação com argumentos mentirosos na pandemia.

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Bolsonaristas que mentem sobre vacinação

A deputada federal Casrla Zambelli (PSL-SP) e o empresário Otávio Fakhoury: longe da vacina com argumentos falaciosos Foto: Montagem com fotos de Marcos Corrêa/Presidência da República e Reprodução/Facebook

Eles têm seguido o exemplo do presidente Jair Bolsonaro, que deveria ter recebido sua dose em 5 de abril, mas passou a dizer que será o último brasileiro a ser imunizado. Deixar de tomar a vacina contraria recomendações das principais associações médicas, de infectologistas e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estudos demonstram que as vacinas previnem mortes e hospitalizações.

Boa parte do grupo que não se imunizou defende a vacinação não obrigatória, sob o pretexto da liberdade de escolha, e ataca a Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan e que chegou ao país por inciativa do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), desafeto do grupo.

Deputados estaduais paulistas Gil Diniz (sem partido), Douglas Garcia (PTB) e Capitão Castello Branco (PSL), por exemplo, informaram que não se vacinaram. Castello Branco afirma que espera “respostas da ciência para uma medicação eficaz” contra a Covid-19. No Brasil, quatro remédios têm uso autorizado para tratamento de pacientes internados. Mas não existe uma medicação exclusiva para curar a doença.

Outros que dizem não ter se imunizado são a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e o empresário Otávio Fakhoury, presidente do PTB de São Paulo. Zambelli afirmou que sua contagem de anticorpos está mais alta do que a de uma pessoa que tenha tomado Coronavac e que os políticos devem ficar para o fim da fila da vacinação. Não é quantidade de anticorpos (IgG) que indica se a pessoa pode ou não ser infectada pelo coronavírus, diz o infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBI).

Apesar das evidências científicas, o argumento do IgG alto também é usado por Fakhoury. Ele ainda diz que tem feito exames e que as vacinas não passaram por todos os testes. “Não estou dizendo que a pessoa deve se vacinar ou não. Tem que ter direito a informação para ter o direito de escolha. Sou contra a obrigação da vacinação”.

Com informações da reportagem de O Globo.