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Zelensky pressiona Alemanha e lembra até do holocausto

O líder da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente da Ucrânia, Zelensky, em encontro. Os dois estão lado a lado, cada um em um púlpito, para um discurso conjunto.
O líder da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente da Ucrânia, Zelensky. Imagem: Reprodução

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursou no Parlamento da Alemanha, nesta quinta-feira (17), e reclamou da “pouca ajuda” que está recebendo do mandatário alemão, Olaf Scholz, e de outros países do ocidente e citou até o Holocausto, ocorrido na Segunda Guerra Mundial.

“É difícil sobreviver sem o apoio do mundo, é difícil, sem sua ajuda, defender a Ucrânia e a Europa, sem que vocês façam aquilo que podem fazer”, disse Zelensky. O presidente lembrou os parlamentares das cidades alemãs destruídas “80 anos atrás” e das “tantas pessoas assassinadas e torturadas” na Segunda Guerra Mundial. Na quarta-feira (16), ele tinha falado para o Congresso dos Estados Unidos e lembrado do bombardeio de Pearl Harbor e dos atentados de 11 de setembro.

Zelensky disse que cada bomba jogada pela Rússia fortalece o “muro” entre a Ucrânia e a Europa. “Chanceler (Olaf) Scholz, derrube esse muro, mostre a liderança que a Alemanha merece, e seus sucessores terão orgulho de você. Apoie os ucranianos e nos ajude a parar essa guerra”, cobrou o ucraniano.

Na sequência, Zelensky acusou a Alemanha de hesitar sobre a entrada da Ucrânia na União Europeia. “É mais uma pedra no muro. Percebemos que vocês pensam em economia, economia, economia”, criticou. Ele também aproveitou para pedir novas sanções contra a Rússia, como a exclusão total de Moscou do Swift, plataforma de troca de informações entre bancos do mundo todo, e o embargo a produtos de energia.

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Apesar de Zelensky, Scholz descarta envolvimento direto na guerra

Apesar da pressão exercida por Zelensky, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz descartou se envolver diretamente na guerra. “A Alemanha dá sua contribuição e continuará dando, mas uma coisa é clara: a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) não entrará nesse conflito”, afirmou. Apesar disso, reconheceu que o discurso do ucraniano causou uma “forte impressão”.

A OTAN, apesar do seu envolvimento indireto no conflito e de ser uma das culpadas pela operação russa, já rejeitou os pedidos da Ucrânia para estabelecer uma zona de exclusão aérea contra os bombardeios russos. O motivo é o medo de ser colocada em um confronto direto com Moscou. Zelensky ainda cobra a doação de aviões militares pelo Ocidente, mas essa medida também poderia ser considerada pelo Kremlin como um envolvimento direto.

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