A jovem influenciadora Geovana Pontes, de 19 anos, natural de Curitiba, no Paraná, e conhecida por suas fotos em cenários paradisíacos, vivenciou um drama perturbador que chocou seus quase 250 mil seguidores no Instagram. Após ter sido convidada para uma festa em um sítio no interior de São Paulo, Geovana relata ter sido estuprada, agredida e mantida em cárcere privado por um grupo de influenciadores digitais. A Polícia Civil paulista está investigando o caso.
Desde 2019, Geovana tem cativado uma audiência significativa com suas publicações, que destacam viagens, momentos de lazer e dicas de beleza. No entanto, a rotina de alegria e descontração foi abruptamente interrompida pela terrível experiência que ela viveu no fim do mês passado, conforme relatado em suas redes sociais e em entrevistas posteriores.
O incidente ocorreu durante uma festa para produtores de conteúdo, na qual Geovana e uma amiga foram atacadas por um grupo de homens. Além das agressões físicas, Geovana alega ter sido dopada e mantida contra sua vontade, enquanto os agressores bloqueavam a saída do local.
Em 29 de janeiro, Geovana compartilhou imagens perturbadoras em suas redes sociais, exibindo ferimentos e relatando, inicialmente, apenas crimes de injúria, ameaça e lesão corporal. Posteriormente, ela revelou o estupro, admitindo que, por vergonha, havia omitido esse aspecto do incidente.
“Não tinha comida, não tinha sinal (de celular), não tinha nada. Não tinha nem como eu sair. Ninguém entrava e ninguém saía da casa”, disse a influenciadora em seu perfil. “(Um dos influenciadores) me pegou pelo pescoço e me deu um soco na boca. Foi na hora que caí com tudo para trás, e outros dois ficaram falando: ‘É, bate mesmo’. ‘É isso, aí’. ‘É isso que vocês merecem'”, relatou.
“Eu tive relação sem o meu consentimento. Eu estava vulnerável. Não sabia o que estava acontecendo”, desabafou. “Num estado fora do normal. Eu não aguentava mais meu corpo, não tinha reação. Não conseguia ter forças, reação, nada. Tinham sete ou oito e começaram a me gravar na piscina, tirando o meu biquíni”.
A Polícia Civil de São Paulo está conduzindo a investigação, e novos exames foram solicitados ao Instituto Médico Legal (IML) devido a uma nova denúncia de abuso sexual. Enquanto isso, os envolvidos estão sendo identificados para interrogatório, e as vítimas serão ouvidas para esclarecer os fatos.
Na última quarta-feira (21), três semanas após o evento, a Polícia Civil de São Paulo informou que o caso “está sob investigação pela Delegacia de Igaratá”, no interior do estado. “Requisições policiais foram emitidas, e devido a uma nova denúncia de abuso sexual, foi solicitado outro exame ao Instituto Médico Legal (IML)”, complementa a nota enviada pelo órgão.
Em suas redes sociais, Geovana expressou sua frustração com a demora do processo judicial e enfrentou críticas sobre o caso. Em uma entrevista à TV Record, ela compartilhou detalhes angustiantes das agressões e da sensação de impotência vivida durante o cárcere.