EUA enviam generais para conversar com o governo Lula e deter influência da China na região

Atualizado em 29 de maio de 2023 às 13:32
O general Marcelo Lima de Carvalho (centro, à esq.), do Centro de Doutrina do Exército, se reúne com adidos acreditados no Brasil para tratar do seminário internacional sobre doutrina terrestre Foto: Coter/ Exército brasileiro

Os Estados Unidos mandaram generais ao Brasil para conversar com o governo Lula e tentar diminuir a aproximação da gestão petista com a China. O mandatário havia convidado um representante de Pequim para participar de um seminário sobre doutrina militar no Comando de Operações Terrestres (Coter), em Brasília, e o governo americano enviou Laura Richardson e William L. Thigpen para conversar com os comandantes das Forças Armadas e com o ministro da Defesa na última semana. A informação é do Estadão.

O evento deveria ter um caráter de intercâmbio e de aprendizagem, mas o Itamaraty e parlamentares petistas enxergam o seminário como um conflito com a parceria estratégia com Pequim. Representantes de 34 países foram convidados para o Coter e o envio dos generais americanos é uma tentativa de disputar influência com a China no país.

Em sua visita ao Brasil, Richardson se encontrou com os comandantes da Marinha, almirante Marcos Olsen; do Exército, general Tomás Paiva; e da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno; e com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Renato Rodrigues de Aguiar Freire. Ela ainda visitou o Comando de Defesa Cibernética e acompanhou a embaixadora Elizabeth Frawley Bagley em encontro com José Múcio, ministro da Defesa.

Dias antes, a general havia se encontrado com Gustavo Petro, presidente da Colômbia. O general Thigpen, por sua vez, teve um encontro com o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, titular da 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército, responsável pelas relações internacionais da Força Terrestre.

Os exércitos dos EUA e do Brasil concluíram uma centena de acordos e planejaram, segundo os americanos, “149 atividades durante as conversas” no país.

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