Exército adquire equipamento para monitorar celulares, mas se nega a explicar motivo

O órgão foi procurado 5 vezes desde 25 de maio

Atualizado em 3 de agosto de 2022 às 14:43
Canal do Exército ocultou 22 vídeos no YouTube
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o presidente Jair Bolsonaro.
Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Um equipamento que permite a extração de dados de telefones celulares, de sistemas de nuvem dos aparelhos e de registros públicos armazenados em redes sociais (como Twitter, Facebook e Instagram), foi adquirido pela primeira vez pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército.

Na época em que a contratação foi realizada – nos últimos dias de 2021 com dispensa de licitação – o comandante do Exército era o atual ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.

Como revela a Folha de S. Paulo, os documentos relacionados à contratação feita pelo Exército não especificam quais celulares passariam a ser acessados e qual o embasamento jurídico que possibilita esse tipo de acesso a dados privados.

Quem normalmente utiliza ferramentas como essa são as polícias civis, Polícia Federal, Instituto Nacional de Criminalística e o Ministério Público, com o intuito de de acessar dados, especificamente bloqueados, de telefones celulares apreendidos a partir de decisões de busca emitidas pela Justiça.

Ao ser questionado sobre o assunto – cerca de 5 vezes por e-mail desde 25 de maio – pela Folha, o Exército não respondeu.

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