VÍDEO: “É hora de os russos pagarem caro”, disseram senadores dos EUA ao Exército da Ucrânia em 2017

Atualizado em 2 de março de 2022 às 8:27
Senadores americanos com o Exército da Ucrânia em 2017

A guerra da Ucrânia, muita gente boa já disse, não começou agora.

Em janeiro de 2017, os senadores americanos John McCain e Lindsey Graham se reuniram com militares ucranianos e atacaram Vladimir Putin.

“Sua luta é a nossa luta”, disse Graham durante a visita, ao lado do então presidente Petro Poroshenko, um corrupto truculento, sétimo homem mais rico do país. “2017 será o ano da ofensiva”, continuou ele. “Todos nós voltaremos para Washington e vamos acelerar contra a Rússia. Chega de agressão russa. É hora de eles pagarem mais caro. Nossa luta não é com o povo russo, mas com Putin. Nossa promessa é levar causa de vocês a Washington, informar o povo americano de sua bravura e apresentar o caso contra Putin ao mundo.”

McCain, ex-candidato presidencial republicano, acrescenta: “Acredito que vocês vencerão. Estou convencido de que vencerão e faremos tudo o que pudermos para fornecer o que vocês precisam para vencer. Então eu agradeço a vocês e o mundo está assistindo porque não podemos permitir que Vladimir Putin tenha sucesso aqui porque, se ele tiver sucesso aqui, terá sucesso em outros países.”

Graham, McCain e a senadora Amy Klobuchar, democrata de Minnesota, viajaram por países da antiga União Soviética para “tranquilizar” aliados dos EUA, particularmente nos países bálticos, e garantir que a OTAN os protegeria de uma agressão russa. 

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O vídeo foi divulgado por Poroshenko como uma demonstração de poder e de prestígio. Ele acabou perdendo as eleições em 2019 para o comediante Volodymyr Zelensky, hoje transformado pelos amigos americanos em herói nacional.

“Acho que todos os problemas realmente começaram em abril de 2008, na Cúpula da OTAN em Bucareste, onde depois a OTAN emitiu uma declaração dizendo que a Ucrânia e a Geórgia se tornariam membros. Os russos deixaram inequivocamente claro na época que viam isso como uma ameaça existencial e traçaram uma linha na areia. No entanto, o que aconteceu com o passar do tempo é que avançamos para incluir a Ucrânia no Ocidente para fazer da Ucrânia um baluarte ocidental na fronteira com a Rússia”, disse o cientista político John Mearsheimer à revista New Yorker.

“Claro, isso inclui mais do que apenas a expansão da OTAN. A expansão da OTAN é o coração da estratégia, mas inclui a UE e transformar a Ucrânia em uma democracia liberal pró-americana. Do ponto de vista russo, isso é uma ameaça existencial”.

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