Exército recua de portaria que autorizava até 5 fuzis para militares

Atualizado em 29 de janeiro de 2024 às 14:50
Fuzis expostos em clube de tiro. Foto: reprodução

O Exército Brasileiro decidiu suspender a portaria 167, que autorizava policiais militares a possuírem até cinco fuzis para uso particular. A decisão foi confirmada pelo Centro de Comunicação Social do Exército, que informou que a medida será suspensa temporariamente para permitir tratativas junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A portaria, que regulamenta a aquisição de armas de fogo e munições por membros das Polícias Militares, Corpos de Bombeiros Militares e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, estava programada para entrar em vigor em 1º de fevereiro. Contudo, a suspensão ocorre em meio a repercussões negativas.

“Apesar de segura juridicamente, a cúpula do Exército avalia que é melhor alinhar o tema com o novo ministro”, disse fonte militar escutada pela jornalista Carla Araújo, do Uol.

O ex-presidente Jair Bolsonaro fez diversos afrouxamentos na liberação de armas. Foto: reprodução

A portaria, publicada no Diário Oficial da União em 23 de janeiro de 2024, autorizava PMs, bombeiros e membros do GSI e Abin a adquirirem até cinco fuzis para acervo pessoal. Antes dessa regulamentação, a permissão era para dois fuzis, mas apenas de calibres específicos. Em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) eliminou essa especificação de calibres.

A regra também estabelecia que os militares poderiam comprar até 600 munições por arma a cada ano. Armas automáticas continuam proibidas, e para as semiautomáticas, a autorização depende da potência, sendo proibidas aquelas com energia cinética superior a 1.750 Joules.

A decisão de suspender a portaria ocorre em meio à troca de comando no Ministério da Justiça e Segurança Pública, com a chegada do ministro Ricardo Lewandowski, prevista para 1º de fevereiro.

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