Expedido mandado de prisão contra capitão de balsa sul-coreana

Atualizado em 19 de abril de 2014 às 5:57

As autoridades sul-coreanas emitiram nesta sexta-feira mandados de prisão contra o comandante e dois membros da tripulação do navio que afundou na costa da Coreia do Sul há dois dias, causando a morte de pelo menos 25 pessoas.

No momento do acidente, a balsa Sewol estaria sendo guiada por uma subalterna, e não pelo capitão da embarcação. O capitão Lee Jun-Seok, de 69 anos, teria passado o leme para a jovem de 26 anos, embora esta tivesse pouca experiência, informou uma equipe de investigadores da Promotoria de Justiça e da polícia. O promotor Park Jae-Eok disse em coletiva de imprensa que o comando da embarcação havia sido entregue à terceira oficial e que o capitão não estava no local.

O ferry boat estava a caminho da ilha de Jeju, no sul do país, quando naufragou. Dos 475 passageiros a bordo, mais de 300 eram estudantes que participavam de uma excursão. Enquanto 179 pessoas conseguiram se salvar, cerca de 270 continuam desaparecidas.

Os sobreviventes do desastre criticaram o que pode ter sido uma grave negligência da tripulação, que teria pedido aos passageiros para permanecerem em seus lugares, pois qualquer tentativa de fuga poderia colocar em risco sua segurança. Segundo a imprensa local, apenas um dos 46 botes salva-vidas teria sido lançado ao mar.

Relatos criticam o comandante do navio, que teria sido uma das primeiras pessoas a abandonar o barco enquanto este afundava. Depois de interrogar o comandante da embarcação e outros membros da tripulação, a guarda costeira revelou que o barco desviou da rota recomendada e efetuou uma manobra brusca, o que pode justificar o acidente.

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