“Expõe o abandono das escolas estaduais”, diz sindicato de professores sobre ataque na Vila Sônia (SP)

Atualizado em 27 de março de 2023 às 13:29
Aluno de 13 anos matou professora de 71 anos e deixou outros cinco feridos em ataque á escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia (SP). Foto: Reprodução

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirmou que o ataque de aluno desta segunda (27) em escola da Vila Sônia “expõe o abandono” das instituições de ensino do estado. Em nota, a entidade ainda criticou a falta de segurança e cobrou medidas do governo para evitar a redução da violência no ambiente.

“Faltam funcionários nas escolas, o policiamento no entorno das unidades escolares é deficiente e, sobretudo, não existem políticas de prevenção que envolvam a comunidade escolar para a conscientização sobre o problema e a busca de soluções”, diz o sindicato.

O ataque de hoje, cujo autor é um adolescente de 13 anos, causou a morte de uma professora de 71 anos e deixou cinco feridos na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste do estado. O agressor feriu também dois alunos e outras três professoras.

O sindicato ainda diz que o governo abandonou programas voltados Há harmonização do ambiente escolar, como o Programa de Mediação Escolar, criado pela Secretaria de Educação a partir de proposta da entidade. “As consequências se fazem sentir no crescimento do número de casos”, afirma a nota.

Para a entidade, é necessário retomar o programa e recompor o quadro de funcionários das escolas estaduais com servidores selecionados, “não com pessoal terceirizado”.

Leia a nota da Apeoesp na íntegra:

Mais um caso de violência expõe o abandono das escolas estaduais

Mais um caso lamentável e chocante de violência em escola estadual expõe o descaso e o abandono do Estado em relação às unidades da rede estadual de ensino de São Paulo.

Um adolescente invadiu na manhã desta segunda-feira a Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro da Vila Sônia, na capital, e esfaqueou quatro pessoas, causando a morte de uma professora, identificada como Elisabeth Tenreiro, de 71 anos. As outras vítimas, pelas informações disponíveis, não correm risco de morte.

A Apeoesp vem há anos realizando pesquisas sobre a questão da violência nas escolas e cobrando da Secretaria Estadual da Educação e demais órgãos do Governo Estadual providências para a redução da incidência dessas ocorrências. Faltam funcionários nas escolas, o policiamento no entorno das unidades escolares é deficiente e, sobretudo, não existem políticas de prevenção que envolvam a comunidade escolar para a conscientização sobre o problema e a busca de soluções.

O programa de mediação escolar, criado em 2009 pela Secretaria da Educação a partir de proposta da APEOESP em que professores trabalhavam na solução de conflitos e harmonização do ambiente escolar— foi virtualmente abandonado. As consequências se fazem sentir no crescimento do número de casos.

É necessário que o Governo do Estado ouça a comunidade e, de imediato, que recomponha o quadro de funcionários das escolas estaduais não com pessoal terceirizado, mas com servidores selecionados por meio de concurso público e retome o programa de mediação escolar.

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