O ministro do STF Edson Fachin homologou em 13 de setembro o acordo de delação que o empresário Léo Pinheiro, da OAS, negociava com a Lava Jato havia 2 anos.
O pedido de homologação do acordo dormitava no gabinete de Raquel Dodge há 5 meses.
Reportagem do jornal O Estadão [aqui] assinala que a proposta de acordo só foi remetida ao STF depois que Bolsonaro indicou o sucessor de Dodge; ou seja, quando ela viu sua pretensão sepultada. O jornal assinala também que “Toffoli e Maia articularam nos bastidores uma possível recondução de Raquel ao cargo”.
Na proposta encaminhada a Fachin, Dodge retirou anexos nos quais o empreiteiro revela pagamentos de propinas da OAS a políticos e a autoridades do judiciário.
Na denúncia original do empreiteiro, constam como beneficiários de propina o presidente da Câmara Rodrigo Maia; um irmão do presidente do STF Dias Toffoli; o ministro do STJ e atual vice-presidente do Tribunal e corregedor nacional de justiça Humberto Martins; o ministro do STJ Benedito Gonçalves, e o atual presidente do TCU, José Múcio Monteiro.
Não é de se duvidar que o único anexo que Raquel Dodge possa ter mantido no acordo seja, coincidentemente, aquele em que Léo Pinheiro, desesperado para sair da prisão e pressionado por procuradores, mudou versões e depoimentos e fabricou falsidades encomendadas por Sérgio Moro e pela gangue da Lava Jato para prender Lula.
O Intercept revelou mensagem do procurador Januário Paludo em que ele fala aos comparsas que é necessário torturar o empreiteiro com prisão para obter falsa confissão contra Lula: “tem que prender o Léo Pinheiro. Eles falam pouco”!
A “profilaxia” da Raquel Dodge para livrar autoridades do judiciário causou crise no MPF. No último 4 de setembro, 6 procuradores renunciaram aos cargos que ocupavam na PGR acusando “grave incompatibilidade de entendimento” com ela.
O sistema judicial brasileiro foi totalmente corrompido por práticas criminosas de agentes públicos que deveriam ser os primeiros a defender a Lei e a Constituição.
O Intercept tem mostrado que procuradores e juízes criminosos contaminaram todo o judiciário, desde as instâncias de 1º grau aos tribunais, como fica claro nos momentos em que Moro e Dallagnol celebram que “aha uhu, o Fachin é nosso”!, e que “In Fux we trust”!
A decisão do ministro Edson Fachin de homologar o acordo, nesse contexto, deve ser fortemente questionada e anulada, se confirmada a seletividade de denúncia.
O sigilo conferido ao acordo é insustentável, sobretudo com a suspeita de que denúncias envolvendo ministros do STJ foram arquivadas por Dodge, essa figura deplorável que termina o mandato como violadora da Constituição e avalista do arbítrio fascista [aqui].
As entidades de juízes e procuradores protegem corporativamente colegas criminosos que atentam contra o Estado de Direito. O Conselho Nacional do MP e o Conselho Nacional de Justiça já demonstraram que são órgãos que também protegem procuradores e juízes que não só deveriam ser demitidos dos cargos públicos, mas processados e presos por atentarem contra a ordem política e social.
A instalação da CPI protocolada na Câmara é, nesse sentido, uma necessidade urgente para apurar crimes cometidos por agentes públicos que pretextam o combate à corrupção em benefício próprio e de um projeto de poder que jogou o Brasil no precipício.
Durante sua apresentação na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, na noite deste sábado…
Eduardo Leite é, na história da política gaúcha, uma das figuras públicas mais deslocadas do…
O saldo de vítimas fatais das intensas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul…
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e os ministros Paulo Pimenta (Secretaria…
Em abril deste ano, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), sancionou…
“Este é o episódio mais trágico da história de Canoas. Uma situação além da nossa…