Fake news: Dallagnol relaciona fala de Lula sobre Moro a operação da PF contra o PCC

Atualizado em 22 de março de 2023 às 12:12
Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Foto: Reprodução

O deputado federal de extrema-direita e ex-chefe da Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi às redes sociais para prestar solidariedade ao ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil). O ex-coordenador da Lava Jato relacionou uma operação da Polícia Federal (PF) contra o PCC a uma fala do petista sobre o senador.

O parlamentar se referiu à declaração de Lula (PT) dada nesta terça-feira, em entrevista ao Brasil 247. O petista contou que quando era visitado por procuradores na sede da PF, em Curitiba, e eles perguntavam se estava tudo bem, respondia: “Não está tudo bem. Só vai ficar tudo bem quando eu foder esse Moro. Eu sempre dizia que estava lá para me vingar dessa gente. Sempre que entrava um delegado, eu falava: ‘Se prepare que eu vou provar [a inocência]”.

Na manhã desta quarta-feira (22), a PF prendeu pelo menos 9 pessoas na operação que planejava a morte de agentes públicos e autoridades, entre eles Moro. Dallagnol juntou os pontinhos de maneira canalha.

“Chocado, indignado e motivado a lutar ainda mais contra o crime. Minha total solidariedade a Sergio Moro e sua família, pessoas de honra que querem e lutam por um Brasil melhor. Os criminosos quererem vingança”, publicou.

O deputado federal bolsonarista Carlos Jordy aproveitou o momento para fazer o mesmo. “Um dia após o Presidente da República fazer declarações irresponsáveis manifestando seu desejo de VINGANÇA contra @SF_Moro, são presos membros do PCC q pretendiam assassinar Moro. O Brasil foi dominado por uma organização criminosa q acaba sendo espelho para organizações menores”, escreveu ele no Twitter.

O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que a operação é antiga e envolve “uma logística enorme com muitos agentes”:

A tendência é super valorizar a PF nestas operações, mas o trabalho dela é no período da investigação. Hoje ela está cumprindo uma determinação judicial, quase certamente fruto de um pedido do MP.

O tal “japonês da federal” só tinha relevância por causa da espetacularização da lava jato. Ele era um simples cumpridor de ordens judiciais, até onde sei nem participava das investigações.

Uma operação desta, em 4 Estados, envolve uma logística enorme com muitos agentes, aviões e o diabo. A regra é o Ministro da Justiça só ser avisado na hora da operação com, inclusive, os nomes envolvidos.

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