O candidato ultraliberal da Argentina, Javier Milei, foi às redes sociais mais uma vez atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Bolsonaro argentino, como também é conhecido, compartilhou uma fake news sobre o petista para ajudá-lo nas eleições em seu país.
Desta vez, Milei repetiu uma tese anteriormente levantada pelo clã Bolsonaro, acusando Lula de tentar interferir nas eleições argentinas ao apoiar a liberação de crédito internacional para o governo de Alberto Fernández.
“A casta vermelha treme. Muitos comunistas furiosos e com ações diretas contra mim e meu espaço”, escreveu Milei no “X”, antigo Twitter.
Na postagem, ele compartilha uma fake news do Estadão, que relatava a suposta intervenção pessoal do presidente petista em um banco internacional para facilitar a liberação de recursos para a Argentina.
TIEMBLA LA CASTA ROJA
Muchos comunistas enojados y con acciones directas contra mi persona y mi espacio…
LA LIBERTAD AVANZA
VIVA LA LIBERTAD CARAJO pic.twitter.com/BIZoPu8TT4— Javier Milei (@JMilei) October 4, 2023
“Pior que não tem nada falso na reportagem além da inferência de que o Lula atuou *para* prejudicar Milei (e isso é a interpretação da colunista). A maldade está nas omissões e na machete. Como ninguém lê o texto, é a partir daí que vêm as fake news (‘Lula deu 1bi pra Argentina’)”, escreveu.
Além disso, as acusações foram reiteradas por Milei em várias postagens subsequentes, quando compartilhou uma publicação de um perfil chamado “O Trumpista”, fazendo referência ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
“O presidente comunista do Brasil, Lula, que também fundou com Fidel Castro o Foro de São Paulo, está negociando para que um banco brasileiro empreste milhões de dólares ao governo argentino, para evitar que ganhe Milei”, descreve a publicação compartilhada por Milei.
Vale destacar que este é o segundo ataque direto de Milei a Lula. Na primeira vez, o candidato argentino chamou o brasileiro de “não apenas um socialista”, mas alguém com “vocação totalitária”.
O candidato de extrema direita também tem prometido que, se vencer, cortará relações com o Brasil e outros países “desalinhados” de sua visão ideológica.