Fim da novela? PF chega a provas contra Bolsonaro e está perto de encerrar investigação

Atualizado em 9 de fevereiro de 2024 às 10:46
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) afirma que, com as evidências que resultaram na operação da última quinta-feira (8), a participação de Jair Bolsonaro (PL) no comando da tentativa de golpe de Estado pós-eleições de 2022 foi confirmada, e a investigação está próxima de sua conclusão, segundo informações do UOL.

Os investigadores consideram que as provas apresentadas na operação de quinta-feira (8) corroboram os depoimentos da delação de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, posicionando o ex-presidente no topo da hierarquia da trama golpista.

Ao finalizar o inquérito, a Polícia Federal encaminhará os indiciamentos dos investigados à Procuradoria-Geral da República (PGR). A PF pretende indiciar todos os suspeitos para os quais há, em seu entendimento, evidências suficientes de envolvimento em crime.

A PGR, por sua vez, avaliará a investigação e, se necessário, encaminhará as denúncias ao ministro relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. Caso Moraes aceite as denúncias, os acusados na tentativa de golpe se tornarão réus em uma ação penal.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

Os crimes em questão envolvem tentativa de abolir o Estado democrático de direito e golpe de Estado, com penas máximas de oito e doze anos, respectivamente, além de associação criminosa, sujeita a pena de até três anos.

Os réus do 8 de janeiro já foram condenados pelo STF pelos crimes de tentativa de abolição do Estado democrático e de golpe de Estado, com penas variando entre 14 e 17 anos.

Os depoimentos e provas documentais coletados pela PF situam o ex-presidente Jair Bolsonaro em diversas conversas que planejavam um golpe, incluindo encontros com seu então assessor, Filipe Martins, em 19 de novembro e 7 de dezembro, entre outras datas.

As evidências consideradas mais robustas apontam que Bolsonaro recebeu e propôs alterações em uma minuta de decreto golpista, incluindo a manutenção da determinação de que o ministro do STF Alexandre de Moraes fosse preso para viabilizar o golpe.

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