Flávio assume que Bolsonaro foi aconselhado a dar golpe

Atualizado em 10 de fevereiro de 2022 às 20:37
Bolsonaro e seu filho Flávio
Senador confirma que Bolsonaro foi aconselhado a dar golpe

Flávio Bolsonaro assumiu que o presidente foi aconselhado a dar golpe de estado, mas que tomou a decisão de não aderir a nenhuma ruptura. Em entrevista, hoje (10), ao O Globo, o senador contou que houve “conselhos de tudo quanto é forma” e que os ministros do STF, segundo ele, “pareciam estar brincando de dar canetada e atrapalhar o desenvolvimento do Brasil, de desrespeitar o resultado das urnas”.

“Há conselhos de tudo quanto é forma. Isso é inegável, mas ele é uma pessoa madura, experiente, que sabe filtrar e tomar decisão. Tanto que não houve decisão nenhuma de ruptura. É óbvio que as pessoas olhavam para algumas atitudes de alguns ministros do Supremo, que claramente víamos que pareciam estar brincando de dar canetada e atrapalhar o desenvolvimento do Brasil, de desrespeitar o resultado das urnas. Só que presidente tem plena consciência que, se se fosse para chutar o balde, o Brasil afundaria”, disse Flávio.

Desde o início de seu governo, Bolsonaro defende a comemoração do golpe militar de 1964. Em 2019 pediu que o dia 31 de março fosse comemorado nos quartéis. O senador afirmou que nunca houve diálogo sobre uma ruptura, mesmo com a “população pedindo isso no 7 de setembro”. No ano passado, o dia da Independência foi marcado por atos contra e a favor do presidente em todo o país. Na época a tensão com o STF estava beirando ao caos.

“Isso é uma lenda de que militares vão colocar um tanque na frente do governo para ameaçar. Isso nunca existiu. Nunca teve essa conversa, apesar de uma parte da população ter pedido isso no 7 de Setembro, quando ele (Bolsonaro) explodiu daquele jeito com o ministro (Alexandre de Moraes)”, disse o filho do presidente.

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Flávio diz que cenário das eleições será revertido

O senador afirmou que Bolsonaro irá reverter cenário das eleições e que o momento é o mesmo de 2018. “Esse é o mesmo roteiro de 2018, quando diziam que Bolsonaro perdia para todo mundo no segundo turno”, disse.

Para Flávio as pesquisas não mostram o voto a Lula, mas sim uma rejeição ao presidente. “O que enxergamos nessas pesquisas é que não é um voto no Lula, mas uma certa rejeição ao Bolsonaro”.

O senador tentou deixar as coisas mais confortáveis para o pai e disse que Bolsonaro não é contra a vacina, mas a favor da liberdade de a pessoa querer se vacinar ou não.

“Ele não é contra a vacina, ele é a favor da liberdade de a pessoa escolher se quer se vacinar. Só que a forma como ele colocou isso tudo, e uma uma parte grande da imprensa explorou isso para atacar o presidente, ajudam a construir essa percepção negativa”, afirmou.

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