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Flávio Bolsonaro e Wajngarten se contradizem sobre fuga de jet ski em operação da PF

Jet skis na garagem do clã Bolsonaro; Jair, Carlos e Eduardo na saída da PF da casa em Mambucaba (RJ). Foto: reprodução

A volta tardia do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à residência da família em Angra dos Reis (RJ) no dia da operação da Polícia Federal (PF) que visava o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) levantou questionamentos e suscitou preocupações sobre uma possível ocultação de provas.

No dia da operação, dois jet skis deixaram a residência por volta das 6h40 da manhã. Após a suposta notícia da ação policial, apenas um deles retornou enquanto os investigadores estavam no local.

A PF suspeita que a saída de jet ski possa ter sido uma estratégia para ganhar tempo, sugerindo que Flávio Bolsonaro tenha se ausentado temporariamente para transportar ou esconder possíveis provas ou materiais incriminatórios.

Em uma coletiva realizada nesta quarta-feira (31), Flávio criticou a divulgação das suspeitas da PF, mas confirmou sua ausência, alegando que não retornou imediatamente porque estava utilizando um jet ski que não era seu e que precisava devolvê-lo antes de ir para um almoço. No entanto, o senador não forneceu detalhes sobre o local do almoço.

“Eu não devia, mas vou explicar. Eu não voltei para a residência porque estava em um jet-ski que não era meu, que eu tinha que devolver para a pessoa no local que não era a Vila Histórica de Mambucaba. E depois fui para um almoço. E depois do almoço eu voltei para a residência na vila histórica de Mambucaba”, disse Flávio.

O ex-Secretário de Comunicação (Secom) da Presidência, Fábio Wajngarten, parte do corpo de advogados que defende Bolsonaro, contradisse a declaração do senador. Nas redes sociais, ele afirmou que o jet ski usado por Flávio retornou “posteriormente” para a casa em Mambucaba e compartilhou uma foto da embarcação no imóvel do clã Bolsonaro.

“Arrumando novamente a bagunça de fake News: o Presidente Jair Bolsonaro saiu para pescar com filhos e amigos as 5:50 de 2feira, com um bote e 2 moto aquáticas (jetski). Assim que recebeu a notícia da ação policial em desfavor de seu filho Carlos, ambos retornaram imediatamente com um dos jets”, escreveu Wajngarten no X, antigo Twitter.

“O outro jet retornou posteriormente para o mesmo endereço em Mambucaba, aonde se encontra desde o início da estada do Presidente na região. É completamente absurda qualquer ilação destoante da versão acima”.

Confira:

A PF realizou ações nos dias 25 e 29 de janeiro, cumprindo mandados de busca e apreensão relacionados à investigação sobre a “Abin paralela”, que supostamente espionava, por meio do software israelense FirstMile, adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Yurick Luz

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