Flávio Dino derruba nomeação de lavajatista para diretor-geral da PRF; Camata defendeu prisão de Lula

Atualizado em 21 de dezembro de 2022 às 17:37
Flávio Dino em pronunciamento nesta quarta (21)

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, voltou atrás nesta quarta-feira (21) e substituiu o nome que havia indicado ontem para diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Dino havia nomeado Edmar Moreira Camata para o cargo. A indicação, porém, não foi bem recebida por ele ser um lavajatista declarado e ter defendido a prisão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Hoje, Dino anunciou Antônio Fernando Oliveira como substituto de Camata. Segundo ele, o que motivou a decisão foi o “teor das postagens” do policial nas redes sociais. Seguidor de Bolsonaro no Instagram, Edmar possui fotos ao lado do ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, além de publicações exaltando o ex-juiz Sergio Moro.

“Em face da polêmica, é claro que ele no futuro não reuniria condições para se dedicar como nós gostaríamos”, afirmou o futuro ministro.

Edmar Camata, cuja nomeação para a PGR durou 24 horas, e Deltan Dallagnol

O novo indicado por Dino é policial rodoviário federal desde 1994, tendo atuado na Bahia e no Maranhão. Antônio Fernando Oliveira é pós-graduado em Direito Tributário e mestrando em Ciências Jurídicas pela Universidade Autônoma de Lisboa.

Na terça-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro exonerou o atual diretor-geral da PRF Silvinei Vasques do cargo. Até janeiro, a direção da PRF ficará a cargo do Diretor-Geral Substituto (atual Diretor-Executivo), Marco Antônio Territo de Barros.

Veja como foi o pronunciamento de Flávio Dino: