Neste 30 de maio, cidades de todo o país receberam atos contra os cortes na educação promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro.
Em São Paulo, a manifestação teve início no Largo da Batata, em Pinheiros, na Zona Oeste, e foi em passeata até a Avenida Paulista.
Diferentemente do ato do dia 15, este contou com muitas reivindicações também contra a reforma da Previdência e pedidos por Lula Livre.
O DCM esteve presente e conversou com alguns dos manifestantes.
Para a educadora e contadora Dora Lima, a pauta da libertação do ex-presidente Lula representa também a luta pela educação.
“Sem Lula livre não há democracia, porque Lula está preso injustamente. Li o processo dele inteiro e, juridicamente, não existem provas que justificam a prisão”, afirma.
“Então, estar aqui hoje, é, além de defender Lula, é defender a democracia. A educação está dentro do processo democrático brasileiro e Lula estar preso vai contra isso”, conclui Dora.
“Tem que lutar contra a pauta da Previdência porque a juventude não vai conseguir se aposentar, então temos que juntar todo mundo para poder lutar contra”, diz a professora Lúcia.
Enquanto integrantes de movimentos sociais penduravam um cartaz pedindo a libertação de Lula, Antonio de Oliveira, rapaz em situação de rua, dizia, orgulhoso, “foi graças ao Lula que minha mãe se aposentou”.
Questionado sobre a declaração, Antonio, meio embriagado, contou um pouco de sua história:
Eu sou de Piripiri, no Piauí. Minha mãe, Maria do Rosário de Oliveira, vivia necessidade financeira morando no interior.
Infelizmente, ela já estava na idade de se aposentar. O Lula era presidente do Brasil nesta época e tivemos a possibilidade deste apoio, de ele aposentar ela [sic]. Hoje em dia, ela está aposentada e tranquila.
Então, o que eu vou fazer? Eu voto no PT. Eu vou até a Lua pelo PT porque eu amo minha mãe.
Como é que eu vou apoiar outros governantes que estão aí roubando o Brasil? Apoiar esse Temer do caralho [sic]? Eu sou Lula, Lula, Lula lá.
“Eu estou na rua hoje, espero que depois esteja melhor”, limitou-se a dizer sobre sua atual situação.
Sobre Bolsonaro, Antonio se mostrou desconfiado: “Eu não tenho nada a ver com esse Bolsonaro, mas me parece ele que não está muito nos trilhos, não”.
Por volta das 19h00 o cortejo começou a andar em direção a Avenida Paulista. Professores, estudantes e militantes unidos contra os retrocessos causados pela extrema-direita.
Veja mais algumas fotos do ato:
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